Novo embaixador diz que Bolsonaro “desfez mitos” na ONU
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O diplomata Nestor Forster, aprovado pelo Senado para ser o novo embaixador do Brasil nos Estados Unidos nesta terça-feira (22), afirmou que a intenção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em seu discurso na Assembleia Geral da ONU foi “desfazer mitos” a respeito do país.
Em entrevista exclusiva à CNN, Forster disse que o presidente acertou em citar “questionamentos que existem” a respeito do país, citando a política ambiental e a atuação na pandemia do novo coronavírus.
“[O presidente] Mostrou a seriedade com que o governo brasileiro vem enfrentando desafios na questão de preservação ambiental, desfazendo mitos”, afirmou o diplomata brasileiro, em entrevista aos âncoras Caio Junqueira e Monalisa Perrone e aos analistas Fernando Molica e Lourival Sant’Anna.
Forster corroborou a posição de que há uma “desinformação” sobre as florestas e a agricultura do Brasil. “Às vezes são [críticas] legitimamente equivocadas, às vezes são desculpas para outros interesses”, completou, citando que “países buscam se aproveitar da desinformação” para desestimular as exportações do país.
“A verdade é exatamente o contrário. O presidente Bolsonaro promoveu uma mobilização, para o combate ao desmatamento ilegal e às queimadas nas bordas da Amazônia, que é algo inédito no Brasil”, argumentou Nestor Forster.
O indicado para representar o Brasil nos EUA também reafirmou que os incêndios na Amazônia são derivados de queimadas promovidas em áreas já desmatadas, por indígenas e caboclos.
“São métodos de preparação do solo para a agricultura, tradicionais. Usados por essas pessoas. Não é uma questão de criticar esse ou aquele, é uma tradição que é usada e tem um impacto sobre o meio ambiente que deve ser aquilatado, para que tenha o menor impacto possível”, argumentou.
O Senado aprovou o nome do diplomata para ser embaixador do Brasil em Washington nesta terça-feira, com 47 votos a favor e três contra. Forster foi indicado em novembro de 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), após a desistência do Planalto do nome do filho do presidente e deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
A respeito da pandemia da Covid-19, o embaixador argumentou que o presidente buscou apresentar aos presentes na Assembleia da ONU a visão brasileira de que “a questão sanitária e a questão econômico-social andam juntas” e que não há leniência do país na contenção do novo coronavírus.