Padre ativista denuncia ameaças à polícia

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Foto: Reprodução// Instagram

O padre Júlio Lancelotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, registou, nesta terça-feira, um boletim de ocorrência no 8º Distrito Policial, na Mooca, por ameaça. A atitude veio após ele ter sido xingado por um homem em uma moto enquanto atendia moradores de rua no Centro da cidade de São Paulo.

Em um vídeo publicado em suas redes sociais, o padre relatou o caso e afirmou estar sofrendo ataques de pré-candidatos à prefeitura de São Paulo:

‘Estava aqui na praça com os irmãos de rua e passou uma moto por aqui e o cara falou: ‘padre filho da puta que defende noia [usuários de droga]’. Depois dos ataques de alguns candidatos à prefeitura contra mim, eu estou cada vez mais em risco. Então quero deixar claro, se me acontecer alguma coisa, se eu for atingido por alguém vocês sabem de quem é a culpa, de quem cobrar’, disse.

 

O pré-candidato à prefeitura de São Paulo responsável pelos ataques seria o deputado estadual Arthur do Val (Patriota), mais conhecido como ‘Mamãe Falei’. Em sua conta no Twitter, o parlamentar negou as ameaças, mas criticou o padre Júlio Lancelotti, que chamou de ‘cafetão da miséria’.

‘Nunca ameacei ninguém, nem ele. Ele é uma das maiores farsas do Brasil, em breve vocês saberão! Vou DESMASCARAR esse Padre’, publicou Arthur do Val, que constantemente critica o trabalho social que é realizado na região da ‘cracolândia’, que concentra usuários de drogas em situação de rua no Centro de São Paulo.

 

Após a publicação do vídeo relatando a ameaça, o pároco Júlio Lancelotti recebeu o apoio de políticos e personalidades, como o também pré-candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSol), a pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre Manuela d’Ávila (PCdoB), o vereador de São Paulo Eduardo Suplicy (PT), o teólogo Leonardo Boff, o ator Bruno Gagliasso, a cantora Teresa Cristina, o pré-candidato a vereador William De Lucca (PT), que acompanhou o padre na delegacia, entre outros.

 

 

O Globo