PSDB e PDT sinalizam aliança em 2022

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Foto: Reprodução

As convenções neste fim de semana tiveram 2022 no horizonte. Alianças foram forjadas para fortalecer as pretensões dos presidenciáveis João Doria (PSDB), governador de São Paulo, e Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará.

Depois do fracasso em construir alianças em 2018, Ciro e o PDT investem na aproximação com o PSB. Os pedetistas oficializaram ontem o apoio em Recife a João Campos (PSB), indicando a vice, Isabela de Roldão. A sigla também apóia o PSB em São Paulo, onde foi lançado o ex-governador Márcio França.

Não sem resistência, o PDT também decidiu apoiar o PSB em Maceió, com o ex-governador Ronaldo Lessa na posição de vice do deputado federal João Henrique Caldas, conhecido como JHC. O pacto deverá ser oficializado no dia 16, o último permitido para convenções.

Já o PSB oficializou ontem o apoio ao PDT em Porto Alegre, fornecendo a vice, Mari Loose, na chapa de Juliana Brizola à prefeitura da capital gaúcha. O partido também indicou o vice, Elcio Batista, na chapa de José Sarto, do PDT, em Fortaleza. Há a expectativa de que o PSB apoie ainda Martha Rocha (PDT) no Rio de Janeiro.

Em São Paulo, o governador João Doria arquitetou uma aliança do DEM e do MDB em torno da reeleição de Bruno Covas (PSDB). O vereador Ricardo Nunes (MDB) ficou com a posição de vice na chapa.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), participou da convenção que sacramentou o apoio, no sábado. Doria atribuiu ao ex-presidente Michel Temer o sucesso na articulação com o MDB. O próprio Covas realçou após a convenção o significado da aliança em São Paulo. “Mais do que a aliança com B ou com C, é o plano da retomada do centro como pólo. Nas últimas eleições tivemos uma votação muito forte nos radicalismos e mais do que minha candidatura representar este ou aquele projeto, representa uma candidatura forte de centro”.

O mesmo traço foi destacado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em sua participação por vídeo. “Vamos aproveitar a campanha municipal para dar a sensação de que o Brasil tem um rumo”, disse. “Hoje o Brasil dá a sensação de que está sem rumo, de que está com ódio”, concluiu.

Também participando da convenção, o governador gaúcho Eduardo Leite afirmou que “no mundo da política atual, o caminho mais difícil é a ponderação”. Leite também já se colocou como um possível presidenciável do PSDB em 2022.

Doria procurou adotar cautela. “Cada momento é um passo. Neste momento, o passo é pela Prefeitura de São Paulo. Mas a soma de passos fortalece”, afirmou.

O governador paulista disse que a eleição na capital paulista tem “uma representatividade muito expressiva no cenário nacional” e destacou a reaproximação do que classifica como “centro democrático liberal, que sabe dialogar com a esquerda e com a direita”.

O avanço do PDT e do PSDB em alianças contrasta com o isolamento petista. O partido oficializou no sábado a candidatura em São Paulo de Jilmar Tatto, em uma convenção no Jardim São Luís, bairro periférico da capital, com chapa pura, ausência de coligações e a presença do ex-prefeito Fernando Haddad confirmada na última hora.

Ao discursar, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR) afirmou que a campanha seria um instrumento para resgatar a imagem dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. “Essa campanha é importante para que nós possamos nos defender das mentiras contadas contra o PT, o presidente Lula, a presidenta Dilma”, afirmou.

Valor Econômico