Setor de educação lança ‘Fora Bolsonaro’ em 70 outdoors

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Foto: Reprodução

Nesta terça-feira, mesmo dia que o presidente Bolsonaro prometeu enviar a reforma administrativa ao Congresso, a Articulação das Entidades Representativas de Trabalhadores(as) do Ensino Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico em Pernambuco anunciou que lançou a campanha “Fora Bolsonaro: inimigo da educação e do povo” que, na visão dos sindicalistas, denuncia o descaso do Governo Federal com a vida das brasileiras e brasileiros, vítimas da covid-19 e dos serviços públicos de Saúde e Educação.

“Atingimos a marca das 120 mil vidas perdidas, sem nenhuma resposta efetiva do Governo Federal. O presidente e seus ministros aprofundam o desmonte do patrimônio público e entregam aos banqueiros os recursos que deveriam destinados ao combate da Covid-19, à garantia de qualidade de vida dos milhões de brasileiras e brasileiros que sofrem com a pandemia, com o desemprego e com o agravamento da crise institucional que aprofunda as desigualdades sociais”, informam, em manifesto.

A entidade soma Adupe, Aduferpe, Sindsifpe, Sinasefe IF-Sertão PE, Sindunivasf e Sinasefe-CMR.

“A campanha intitulada FORA BOLSONARO: INIMIGO DA EDUCAÇÃO E DO POVO vem alertar a população sobre a política genocida do governo Bolsonaro e seu projeto de destruição do país. Em tempos em que a educação e a saúde são sucateadas, precisamos das mãos de todas e de todos em favor da democracia, da garantia de nossos diretos fundamentais e da soberania do país”.

O coronavírus também entra no rol de reclamações.

“Este coletivo de educadoras e educadores lamenta a perda de tantas vidas para uma doença, que poderia ter sido evitado, se tratada com mais responsabilidade e cuidado com o nosso povo. Em Pernambuco já ultrapassamos 7.500 mortes e a pandemia continua se alastrando pelo interior do estado. Continuamos a defender o isolamento e o distanciamento social para diminuirmos os impactos da pandemia”.

“A Educação Pública, que já tem sofrido com ataques e cortes no orçamento, desde a Emenda Constitucional nº 95, nas Leis Orçamentárias Anuais e “bloqueios” de recursos já previstos na Lei para o funcionamento das Instituições Públicas de Ensino, tem, agora, na previsão orçamentária, a diminuição de R$ 4,2 bilhões para o exercício de 2021”.

“Os serviços públicos prestados à Nação continuam sendo considerados como despesas, enquanto a quase totalidade da sociedade brasileira depende dos serviços de educação, saúde, segurança e seguridade. Nesta semana fomos surpreendidos com o dado de que há mais brasileiros e brasileiras recebendo Auxílio Emergencial que com carteira assinada. A proposta de Auxílio Emergencial de R$ 600,00 não foi do governo e sim da oposição. A “flexibilização” e a “modernização” da legislação trabalhista, que prometiam gerar milhões de empregos, precarizaram as relações trabalhistas e empurraram milhões para a informalidade. O genocídio dos pobres e pretos é uma política de Estado”, informam.

“Neste cenário, a Saúde e a Educação públicas não podem continuar sofrendo com a falta de compromisso dos governantes. O SUS se mostrou fundamental na linha de frente do combate à pandemia, pois três quartos da população não têm acesso a plano de saúde e depende dos serviços públicos de saúde. Ainda assim, segundo o Conselho Nacional de Saúde, dos R$ 41,2 bilhões que foram destinados pelo Congresso Nacional para o enfrentamento da Covid-19, apenas R$ 20,7 bilhões foram utilizados pelo Ministério da Saúde, o que se revela como uma política genocida contra o nosso povo”.

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