Witzel minimiza risco de ser preso

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Foto: Carl de Souza/AFP

O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou que seria “inaceitável” uma ordem para sua prisão nas investigações que miram suposto pagamento de propinas por contratos na área da saúde. Em entrevista à rede CNN Brasil, o ex-juiz também diz que seu vice, Cláudio Castro (PSC), está apenas “fazendo o trabalho dele” ao se aproximar da família Bolsonaro.

Witzel é acusado de receber propinas em troca de contrato com organizações sociais da área da saúde. As vantagens indevidas supostamente eram lavadas no escritório da primeira-dama, Helena O esquema contaria com atuação do presidente do PSC, Pastor Everaldo, preso na última sexta, 28, e o empresário Mário Peixoto, investigado na Lava Jato.

O governador foi afastado na sexta por decisão monocrática do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça. O magistrado negou o pedido da Procuradoria-Geral da República, que chegou a pedir a prisão de Witzel. Segundo Gonçalves, a saída do cargo já seria suficiente para ‘fazer cessar as supostas atividades de corrupção e lavagem de dinheiro’.

“Eu tenho absoluta certeza que isso seria inaceitável, uma determinação de prisão, diante de todas as medidas que já tomei até agora”, afirmou, alegando que afastou servidores ligados aos esquemas de corrupção investigados. “Na decisão de afastamento não há nenhum fato concreto que tenha estabelecido que eu não estava contribuindo com as investigações”.

O governador recorreu ao Supremo para retomar o cargo, e diz estar sendo vítima de ‘perseguição’. Enquanto uma decisão não sai, o governo estadual é liderado pelo vice Cláudio Castro (PSC), que nesta segunda entrou em contato com o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) para tratar do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), medida do governo federal para auxiliar estados com dificuldades para fechar as contas públicas.

A mensagem sinalizou a retomada do diálogo entre o Palácio Guanabara e o Planalto, suspensas desde o racha entre Witzel e a família Bolsonaro no ano passado. Na entrevista, o governador afastado minimizou a aproximação do vice com seus adversários políticos e negou que tenha fechado as portas ao presidente.

Correio Braziliense