Comunidade científica está perplexa com Bolsonaro

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REUTERS/Adriano Machado

O Ministério da Saúde anunciou ontem a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, a vacina contra Covid-19 do Instituto Butantan produzida em parceria com a chinesa Sinovac.

Mas Jair Bolsonaro deu uma rasteira em Eduardo Pazuello. O desautorizou ontem mesmo em mensagem a alguns ministros:

— Alerto que não compraremos vacina da China. Bem como meu governo não mantém diálogo com João Doria sobre covid-19.

No Ministério da Saúde, a perplexidade é geral: ninguém tinha conhecimento de veto tão explícito — até porque, se tivessem, nenhum anúncio teria sido feito.

O veto de Bolsonaro à vacina chinesa deixou sem ação também ministros próximos ao presidente. Um deles, depois de perguntado se essa é uma posição sem volta do presidente ou um arroubo, acaba de comentar:

— Vamos aguardar.

Ainda ontem, esse mesmo ministro comemorava:

— O Doria deu de presente pra gente essa coisa da obrigatoriedade de dar a vacina. Agora, podemos oferecer a vacina e manter o discurso da liberdade.

O Globo