Covas lidera arrecadação em SP

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Foto: Patricia Cruz/Divulgação

Candidato à reeleição em São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) tem a campanha mais cara da disputa paulistana, com despesas contratadas no valor de R$ 16, 8 milhões. A campanha tucana é também a que mais arrecadou, com uma receita de R$ 9 milhões, de acordo com a primeira prestação de contas parcial registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O montante gasto por Covas é maior do que a soma das despesas contratadas pelos três principais adversários do prefeito na eleição municipal. A situação se repete também em relação ao que foi arrecadado pelo tucano até agora.

A maior fatia dos recursos para a campanha de Covas foi repassada pelo PSDB (R$ 5 milhões), Podemos (R$ 2 milhões) e MDB, partido do vice, Ricardo Nunes (R$ 700 mil). O tucano, no entanto, recebeu R$ 1,27 milhão de pessoas físicas. O maior doador é o empresário Jorge Mitre (R$ 230 mil), seguido por Rubens Ometto (R$ 200 mil).

Com o maior tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, a campanha de Covas gastou R$ 10,3 milhões com a produção dos programas. A segunda maior despesa é com serviços advocatícios, de R$ 2,2 milhões, seguida por contratação de pesquisas, R$ 1,7 milhão.

Em quinto lugar na disputa paulistana, o candidato do PT, Jilmar Tatto, registrou a segunda maior receita da disputa por São Paulo até agora, com R$ 4,86 milhões arrecadados. Quase a totalidade veio do PT (99,45%) e há uma doação de R$ 7,7 mil de Jorge do Carmo Silva. A campanha petista contratou despesas de R$ 4,5 milhões e pagou R$ 1,57 milhão.

Com o melhor desempenho eleitoral entre os candidatos de esquerda, Guilherme Boulos (Psol) tem a terceira maior arrecadação, com R$ 3,2 milhões. O Psol repassou R$ 2,7 milhões e a candidatura registrou ter recebido R$ 427,9 mil de um financiamento coletivo, a popular “vaquinha”. Entre as doações de pessoas físicas estão Gisela Maria Moreau (R$ 35 mil), Joel Luis Thomaz Bastos (R$ 20 mil) e Angela Castello Branco Mariz de Oliveira (R$ 10 mil). A campanha do candidato gastou R$ 3,3 milhões (em despesas contratadas).

O ex-governador Márcio França, candidato pelo PSB, recebeu R$ 2,49 milhões, sendo a maior parte da receita oriunda de repasses do PSB (R$ 1,9 milhão) e do PDT (R$ 500 mil), que tem a vice na chapa. As despesas contratadas somam R$ 658 mil.

O deputado federal Celso Russomanno (Republicanos), que está empatado tecnicamente com Bruno Covas na liderança da disputa pela Prefeitura de São Paulo, registrou ter recebido doações no valor de R$ 745,4 mil, sendo 100% dos recursos repassados por seu partido, o Republicanos. As despesas contratadas totalizam R$ 856 mil.

A deputada federal Joice Hasselmann, do PSL, recebeu R$ 2,25 milhões do partido – única fonte das receitas declaradas – e tem despesas contratadas de R$ 2,8 milhões.

Covas lidera numericamente as intenções de voto, com 23%, segundo pesquisa do Datafolha divulgada na quinta-feira, e está empatado tecnicamente com Celso Russomanno, com 20%. Guilherme Boulos tem 14% e Márcio França, 10%. O candidato Jilmar Tatto tem 4% das intenções de voto e Joice, 3%. A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo SP-02125/2020.

Valor Econômico