Defensor público que processou Magalu quer benefício a indígenas
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O defensor público federal Jovino Bento Júnior, que entrou na Justiça com uma ação contra o Magazine Luiza por causa do seu programa de trainees exclusivo para negros, agora quer que a empresa inclua povos indígenas na seleção.
Júnior entrou com um pedido de intimação na 15º Vara do Trabalho de Brasília para que o MPF atue em favor dos povos indígenas na ação civil pública aberta por ele contra a Magazine Luiza. Segundo o defensor, a intervenção do MPF é “necessária” porque estão envolvidos “direitos e interesses das populações indígenas”.
Além do pedido de intimação enviado à Justiça, Júnior também enviou um ofício ao MPF em que solicita a atuação na causa. No documento, o defensor diz que apesar do “bom intuito de promover o acesso ao emprego de trabalhadores negros”, a medida “extrapolou os limites das ações afirmativas” praticadas no Brasil, excluindo os direitos de “outros grupos minoritários e vulneráveis”.
Ele cita como exemplos “indígenas, ciganos, estrangeiros, asiáticos, mulheres, homossexuais, portadores de necessidades especiais, população de rua e na faixa da pobreza, idosos”, mas ressalta que no caso dos indígenas “a exclusão social gerada pelas dificuldades de acesso a emprego e renda é devastadora”.