Divisão da esquerda ajuda direita e extrema-direita em SP

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Foto: Brasil 247

​No dia 5 de setembro, Guilherme Boulos (PSOL) caminhou pelo bairro de São Mateus, na zona leste de São Paulo, para lançar sua candidatura à prefeitura. Em frente ao comitê de campanha, disse que sua prioridade era a periferia. Apesar do aceno, pessoas no ponto de ônibus e nas calçadas das lojas rejeitaram o santinho oferecido por ele.

No mesmo domingo, Jilmar Tatto (PT), a aposta do partido para voltar ao comando do município, fez carreata pelo mesmo bairro e também não encontrou recepção calorosa.

Não passaram de 30 os apoiadores que assistiram ao seu discurso em frente a um CEU (Centro Educacional Unificado), marca das gestões petistas. Tatto ainda ouviu hostilidades de moradores que passaram de carro em frente ao local.

O candidato também tem dificuldades quanto ao seu principal cabo eleitoral. Segundo o Datafolha, 54% dos paulistanos não votariam de jeito nenhum em um nome indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Tatto tem 1% das intenções de voto na pesquisa, realizada nos dias 5 e 6 de outubro.

Para Boulos, que tem 12%, o entrave é que sua candidata a vice, a deputada federal Luiza Erundina (PSOL), que já foi prefeita de São Paulo (1989-1993) pelo PT e tem votos na periferia, não poderá ir para o corpo a corpo da campanha por ter 85 anos e fazer parte do grupo de risco da Covid-19.

Redação com Folha