Flávio Dino elogia aproximação Lula-Ciro

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Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O encontro entre Ciro Gomes (PDT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois de um rompimento de dois anos está longe de significar uma unidade de ambos em uma frente eleitoral progressista para a disputa presidencial de 2022. Tem, no entanto, efeitos práticos e imediatos, sobretudo nas eleições municipais. Para políticos que apoiam a unidade da esquerda, o armistício veio tarde, com o risco de candidaturas de centro-esquerda nas capitais não chegarem ao segundo turno, mas tem um enorme simbolismo. Pode ser o empurrão para assegurar a unidade da esquerda caso candidatos deste campo cheguem na reta final em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Ciro deu duas explicações a seus seguidores, que fizeram perguntas sobre o encontro, no Twitter. Para o ex-ministro e ex-governador, que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial de 2018, trata-se de um diálogo entre forças políticas que poderá dar viabilidade a um processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro no futuro. Ciro também vê uma estratégia para barrar a privatização de setores estratégicos para o Estado.x

“Sinto-me obrigado a construir, no que estiver ao meu alcance, o diálogo possível com quem for necessário para proteger a nação brasileira. Discutir alternativas de mudanças ao modelo econômico para reverter a maior crise socioeconômica da história brasileira; e proteger o patrimônio nacional contra a entrega corrupta a barões locais e potências estrangeiras. Promover o impeachment desse presidente genocida e irresponsável para proteger a democracia brasileira”, listou Ciro.

Lula passou a defender o impeachment de Bolsonaro na semana passada nas redes sociais, depois de o presidente tentar barrar um protocolo do Ministério da Saúde para a compra da vacina chinesa Coronavac, produzida em São Paulo pelo Instituto Butantan, com empenho direto do governador João Doria (PSDB).

Ciro enfatizou no Twitter que o PDT construiu “alianças preferenciais”, nestas eleições, com PSB, PV e Rede. Disse ser contra a polarização e que trabalha por um “caminho alternativo, que ofereça ao Brasil as bases de um projeto nacional de desenvolvimento”.

O encontro entre Ciro e Lula deu-se em setembro em São Paulo, como revelou o jornal “O Globo”. A conversa, de três horas, foi planejada pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT), amigo de Ciro. Santana participou da reunião.

O ex-prefeito Fernando Haddad (PT), que disputou em 2018 o segundo turno com Bolsonaro, disse ao Valor que é cedo para projetar se as conversas entre Lula e Ciro vão amadurecer frutos para 2022. “Pessoas civilizadas conversam”, limitou-se a comentar Haddad.

Já o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), visto como uma alternativa do campo progressista para a disputa presidencial futura, reagiu com entusiasmo. Segundo ele, a união dos partidos de centro-esquerda no segundo turno é imperativa. Dino aponta que o campo progressista deve estar unido em São Paulo, caso Guilherme Boulos (Psol) chegue ao segundo turno, no Rio – “seja com Martha Rocha, seja com Benedita” – e em Porto Alegre, apoiando Manuela d’Ávila (PCdoB).

O governador do Maranhão disse que conversou com Lula há uma semana para trocar ideias sobre cenários eleitorais regionais, sobretudo no Nordeste, mas o petista não citou o encontro com Ciro.

“Não dá pra ir todo mundo se odiando para o segundo turno, como se fosse aquele climão em confraternização de família em Natal”, brincou Dino. Segundo o governador, o encontro de Ciro com Lula é “muito promissor, um início, um começo de diálogo”. “Não chego a achar que tem desdobramentos imperativos para o futuro, para 2022”, reconheceu. Porém, para Dino, é um simbolismo importante para a militância, para que comece a trabalhar coletivamente, deixando ataques de lado.

O presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros, também mostrou entusiasmo com o reencontro. “Há diferenças de projeto, mas o centro é derrotar Bolsonaro. Para isso, quanto mais diálogo, melhor”, disse Medeiros ao Valor.

Valor Econômico

 

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