Bolsonaro acha que seu rival em 22 será o PT

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Foto: Romário Cunha/VPR

O vice-presidente, Hamilton Mourão, disse ao Valor que o resultado do segundo turno das eleições evidenciou a escolha da população por bons gestores. Para o vice-presidente, a escolha de candidatos experientes também foi demonstração de “bom senso”.

“Considero que a população buscou escolher aqueles que demonstraram a capacidade de gestão, que é o que se deve esperar de um prefeito”, afirmou. “Além disso, o bom senso também venceu, pois gente que nunca tinha administrado o prédio em que reside não teve o apoio necessário”.Ao final do primeiro turno, Mourão já havia avaliado que partidos de Centro saíram vitoriosos do pleito e que o mau desempenho de candidatos apoiados por Jair Bolsonaro não poderia ser debitado ao presidente porque ele não “entrou de cabeça” na disputa.

Auxiliares próximos do presidente Jair Bolsonaro afirmam que o PT, mesmo enfraquecido após as eleições municipais, continua sendo o principal adversário de Bolsonaro para 2022. Embora o PT ainda seja tido como o principal rival de Bolsonaro para 2022, o partido não governará nenhuma capital a partir do ano que vem. É a primeira vez que isso acontece desde a redemocratização.

Na opinião de ministros ouvidos pelo Valor, Guilherme Boulos (Psol) desponta como uma nova liderança importante no campo da esquerda, mas tem mais potencial no momento para disputar o governo de São Paulo do que para rivalizar com Bolsonaro na disputa pelo Palácio Planalto.

Passada a votação, as atenções no governo se voltam para a pauta legislativa. A “prioridade zero” é votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e depois votar outros projetos travados por conta das eleições locais.

Para um outro ministro ouvido pela reportagem, Bolsonaro “só perde a reeleição para si próprio”. Diferentemente de outros membros do governo, ele não viu nas derrotas dos republicanos Marcelo Crivella (Rio) e Celso Russomanno (São Paulo) um grande revés para o presidente.

Por diferentes razões, diz, ambos eram candidatos fracos e com grande potencial de derrota. O presidente, por outro lado, fez um gesto para um partido importante de sua base. Agora está mais bem posicionado para negociar com a legenda uma composição para a sucessão da presidência da Câmara e cobrar apoio para projetos importantes para o governo na Casa.

Ontem, com os eleitores ainda indo às urnas, o Planalto definia prioridades da agenda legislativa. O primeiro passo é tentar achar uma solução para o conflito entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o deputado Arthur Lira (PP-AL), sobre a composição da Comissão Mista de Orçamento (CMO). Na mira do governo, estão também o PLP 137 (que libera recursos R$ 177 bilhões de 29 fundos ao coronavírus), a PEC Emergencial, o PL da Cabotagem e o PLP 101, que estabelece o Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal.

O resultado das eleições aumentou também as divisões entre a ala ideológica do governo, de um lado, e a ala militar e ministros políticos. Esse último grupo viu na vitória dos partidos de centro-direita em diversas capitais um chamado à moderação para que Bolsonaro chegue com chances de vitória daqui a dois anos. Uma análise muito ouvida é que a população está cansada da polarização política.

Já os “ideológicos” defendem que o presidente tenha um partido próprio e atribui a isso a derrota de candidatos apoiados por ele.

Um dos ministros ouvidos pelo Valor fica no meio termo. Para ele, Bolsonaro já vem se posicionando mais ao centro, mas não pode abandonar a retórica mais agressiva nem tampouco esquecer da pauta conservadora do grupo que o levou ao poder em 2018.

A indicação de Kassio Nunes Marques ao Supremo Tribunal (STF), afirma, “já sinaliza que não está flertando com o extremo”.

“Retórica é uma coisa, gesto é outra. O presidente fazendo gestos reiterados de que preza a governabilidade”, diz a fonte. “Mesmo assim, não pode abrir mão de ter a relação com o eleitorado que o levou à Presidência.

Valor Econômico

 

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