Campanha de Russomanno quer tirar Bolsonaro
Foto: Reprodução
Sem conseguir interromper a queda de Celso Russomanno nas pesquisas, a ala moderada da campanha do candidato do Republicanos à prefeitura de São Paulo pressiona para retirar as imagens do presidente Jair Bolsonaro da propaganda eleitoral.
O tema é polêmico na campanha e sofre forte resistência de apoiadores do presidente. A associação de Russomanno com Bolsonaro havia sido intensificada no horário eleitoral no último final de semana. A tática veio junto com mais acenos no discurso à base bolsonarista. Alinhado com o presidente, Russomanno chegou a dizer que se a vitamina D fosse distribuída em larga escala poderia ter salvo muitas vidas de vítimas da Covid-19. A afirmação não tem comprovação científica.
A guinada bolsonarista, no entanto, acendeu o alerta na campanha após o derretimento do candidato aumentar na pesquisa do instituto Ibope desta segunda-feira. Segundo a sondagem, o prefeito Bruno Covas (PSDB), que concorre à reeleição, lidera com 32% das intenções de voto. Na segunda posição, aparece Guilherme Boulos (PSOL) com 13%, em situação de empate técnico com Russomanno, com 12%, e Márcio França, do PSB, que tem 10%. No início de outubro, Russomanno liderava o Ibope com 25%.
O horário eleitoral de Russomanno desta terça-feira não deve exibir imagens de Bolsonaro. O marqueteiro Elsinho Mouco optou por focar nas propostas do candidato de maior apelo popular. A peça dará destaque ao auxílio paulistano, que é um complemento ao auxílio emergencial do governo federal, e ao vale-creche, entre outras promessas.
A estratégia de Russomanno de priorizar a associação de sua imagem à do presidente não encontra eco em seu próprio partido, o Republicanos. Aliados dizem que a sigla não foi consultada e que trata-se de uma escolha do próprio candidato. A comunicação da campanha sempre tratou o caso como uma aposta e um risco que Russomanno assumiu. A gestão de Bolsonaro é reprovada por 48% dos paulistanos, segundo o Datafolha. O percentual, ainda de acordo com o instituto, é quase o mesmo da taxa de rejeição de Russomanno nesta eleição : 47%.
Para apoiadores do presidente, no entanto, o raciocínio é inverso e a rejeição não é o problema. Doador da campanha, o empresário Otavio Fakhoury afirma que Russomanno deve focar em conquistar os 24% que aprovam o governo Bolsonaro em São Paulo, patamar que já seria suficiente para o candidato chegar ao segundo turno. O marqueteiro Elsinho Mouco tem sido alvo de críticas:
– O importante agora é o Bolsonaro aparecer na campanha do Celso. O Elsinho Mouco é da velha publicidade. O marketing vencedor é o digital. Espero que os últimos programas eleitorais mostrem claramente o apoio do Bolsonaro a ele (Russomanno). Tinha pouca associação com Bolsonaro no rádio e TV – afirma o empresário Otávio Fakhoury, que doou R$ 55 mil ao candidato e está entre os apoiadores mais influentes de Russomanno.
O marqueteiro rebateu as declarações do empresário:
-Se ser da velha publicidade é não concordar com fakenews, não concordar com qq tipo de gabinete do ódio, sou sim, com muita responsabilidade, da velha publicidade – afirma Mouco.
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