Capitais veem avanço de mulheres nas eleições
Foto: Bárbara Lopes / Agência O Globo
O número de mulheres nas Câmaras Municipais das 10 maiores capitais do país cresceu 43,1% com a eleição deste domingo.
Nas cidades com o maior número de cadeiras no Legislativo municipal, a participação de vereadoras passou de 13,8% para 19,7% em média: antes elas ocupavam 58 cadeiras das 421, somadas essas capitais, e agora detêm 83.
O caso mais expressivo é o de Belo Horizonte. Em 2016, a capital mineira elegeu quatro mulheres, ou apenas 9,7% das 41 vagas do parlamento. Em 2020, 11 delas foram eleitas, e a participação feminina saltou para 26,8% — a maior taxa entre as cidades levantadas.
Os belorizontinos também elegeram a primeira vereadora trans da cidade, Duda Salabert (PDT), que, de quebra, foi recordista de votos.
A Câmara do Rio de Janeiro, que elegeu sete mulheres (13,7%) em 2016, agora terá 10 (19,6%). Uma das eleitas é Mônica Benício (PSOL), viúva da ex-vereadora Marielle Franco. São Paulo, que tinha oito (14,5%), conquistou uma bancada de 13 vereadoras (23,6%), a maior das capitais.
Salvador e Fortaleza têm índices idênticos. Se haviam eleito sete mulheres (16,3%) na eleição passada, a partir do ano que vem terão nove (20,9%).
A única capital entre as 10 maiores que não registrou aumento foi Goiânia, que manteve o mesmo número de mulheres nesta eleição: cinco, ou 14,3% das cadeiras municipais.
Além do avanço quantitativo na participação feminina, há conquistas simbólicas nesta eleição. Em Curitiba, por exemplo, Indiara Barbosa (Novo) obteve 12.147 votos e se tornou a primeira mulher como a vereadora mais votada da capital paranaense. O terceiro lugar ficou com outra mulher, Carol Dartora (PT), que também se tornou a primeira vereadora negra de Curitiba. De sete vereadoras eleitas em 2016, a cidade passou a ter nove.
Recife, por sua vez, teve as duas melhores colocações na votação ocupadas por mulheres: Dani Portela (PSOL) e Andreza Romero (PP).
A capital paulista elegeu a primeira mulher negra e trans, Erika Hilton (PSOL), a sexta mais votada, seguida por Silvia da Bancada Feminista (PSOL), que deve levar à Câmara outras quatro “covereadoras” para um mandato coletivo.
Apesar do aumento na participação de mulheres no Legislativo municipal na eleição de 2020, a discrepância para os homens ainda é grande. Neste ano a taxa de mulheres concorrendo nas eleições subiu de 31,3% (146.871 candidatas) para 33,4% (179.543).
Desde 2018, os partidos são obrigados a repassar ao menos 30% do fundo eleitoral para candidatas mulheres. Com uma diretriz vaga do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre como deve ser distribuída a verba para as candidatas, cada partido adota uma metodologia. O resultado é que elas recebem recursos de maneira desigual, e alguns municípios têm baixo investimento em candidaturas femininas.
O blogueiro Eduardo Guimarães foi condenado pela Justiça paulista a indenizar o governador João Doria em 20 mil reais. A causa foi um erro no título de matéria do Blog da Cidadania. O processo tramitou em duas instâncias em seis meses DURANTE A PANDEMIA, com o Judiciário parado. Clique na imagem abaixo para ler a notícia
Quem quiser apoiar Eduardo e o Blog da Cidadania pode depositar na conta abaixo.
CARLOS EDUARDO CAIRO GUIMARÃES
BANCO 290 – PAG SEGURO INTERNET SA
AGÊNCIA 0001
CONTA 07626851-5
CPF 100.123.838-99
Eduardo foi condenado por sua ideologia. A ideia é intimidar pessoas de esquerda. Inclusive você. Colabore fazendo um ato político, ajudando Eduardo com qualquer quantia.