Deputados “embriagados” dizem que Lula é “radical”

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Foto: Miguel Schincariol e Sergio Lima/AFP

Uma pesquisa do Centro de Estudos Legislativos, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), divulgada pelo colunista Lauro Jardim, ouviu 195 deputados federais para medir, na visão dos parlamentares, onde estão posicionados no espectro ideológico algumas das principais figuras da política nacional e internacional. Para os deputados, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado mais à esquerda do que outros ex-presidentes da esquerda latino-americana, como o boliviano Evo Morales e o venezuelano Nicolás Maduro, enquanto Jair Bolsonaro está mais à direita que o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os dois foram as figuras posicionadas pelos deputados mais perto dos polos, sendo que, pela pontuação, o atual presidente ficou levemente mais perto do extremo do que o petista.

Durante as entrevistas, os deputados precisaram posicionar as personalidades políticas em uma escala de zero a dez, onde zero representa a extrema esquerda, e dez, a extrema direita. Na média geral, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, é considerada de centro, assim como apresentador Luciano Huck, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) e o ex-presidente argentino Mauricio Macri.

Já no campo da esquerda, o ex-presidente Lula aparece com 1,9, seguido por Evo Morales e Nicolás Maduro, que estão empatados. Vladimir Putin, presidente da Rússia, também é considerado de esquerda mas é colocado mais próximo do centro. No campo de direita, Jair Bolsonaro é o que mais se aproxima do extremo, com 9,1, seguido por Trump e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

— Os parlamentares brasileiros consideram os nossos políticos mais radicais do que os de fora do país. Bolsonaro e Lula são considerados os mais radicais de toda a lista — pontua Felipe Nunes, professor de Ciência Política na UFMG e diretor do Centro de Estudos Legislativos, coordenador do estudo

A pesquisa também produziu recortes levando em conta a posição ideológica de quem respondia. Considerando apenas a opinião dos deputados de direita, Lula é tido como mais radical do que o Bolsonaro, enquanto os de esquerda acreditam no oposto. Felipe Nunes pontua que essa diferença mostra que há um viés de confirmação na leitura feita pelos deputados, ou seja, os parlamentares também olham para as lideranças políticas com interpretações que buscam reforçar sua própria crença.

— Os deputados que se consideram de esquerda ou de direita, posicionam o Bolsonaro e o Lula de maneira semelhante. Existe um consenso sobre o posicionamento ideológico das lideranças políticas. Mas os deputados de esquerda colocam o Bolsonaro como sendo mais radical que o Lula, e os de direita, ao contrário. Isso é um viés de confirmação. Os deputados também olham para os políticos a partir da sua própria lente — destaca o coordenador do estudo.

O ex-ministro Sergio Moro e o apresentador Luciano Huck, que dialogaram recentemente sobre a construção de uma alternativa ao presidente Bolsonaro e o PT em 2022, são marcados pelos parlamentares como de centro e de direita.

— Eles namoram uma aliança para 2022, mas é interessante ocuparem diferente espectros ideológicos. Huck é apontado como de centro, e Moro mais de direita, com alguma diferença em relação ao que tentam mostrar e como são vistos pelo próprio eleitorado — pontua Felipe Nunes.

O Globo

 

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