Despencam ações do Carrefour no Brasil

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Foto: Reprodução/O Globo

Na contramão do Ibovespa, as ações do Carrefour Brasil recuavam mais de 4% nesta segunda-feira, na esteira da repercussão do assassinato por espancamento de um homem negro em uma loja do grupo em Porto Alegre na noite de quinta-feira.

A Bolsa abriu em alta, em meio a apostas otimistas sobre o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus. Às 11h40, o Ibovespa subia 0,91%, ultrapassando os 107 mil pontos.

Na sexta-feira, os papéis do Carrefour ainda fecharam em alta, de 0,5%, mas nesta segunda-feira, por volta de 10h35, caíam 4,17%, a R$ 19,54.

“O evento pode gerar pressão sobre o estoque no curto prazo devido a riscos à sua imagem, embora não deva afetar a operação no longo prazo”, afirmou a equipe da Genial Institucional em comentários a clientes nesta segunda-feira.

A queda nesta sessão vem após seis pregões de alta consecutivos, período em que as ações acumularam elevação de mais de 7%. No mês, até a última sexta-feira, os papéis do Carrefour contabilizavam valorização de 10,5%.

Já o dólar operava em queda. Às 9h54, a moeda americana recuava 0,33%, a R$ 5,369 na venda, também refletindo a animação do mercado com a vacina. Na sexta-feira, fechou com alta de 1,39%, a R$ 5,387.

Essa movimentação estava em linha com a fraqueza da moeda americana no exterior, depois que a farmacêutica britânica AstraZeneca anunciou nesta segunda-feira que sua potencial vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford pode ter eficácia de até 90%.

O anúncio vem após a Pfizer pedir a reguladores dos EUA na sexta-feira autorização para uso de emergência de sua vacina, algo que pode acontecer ainda na primeira quinzena de dezembro.

“Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom mais positivo, na esteira da possibilidade de que uma vacinação em massa para combater a pandemia possa ter início já em dezembro”, observou Dan Kawa, da TAG Investimentos.

Após a sinalização da Pfizer, acrescentou o estrategista, o anúncio da AstraZeneca dá ainda mais esperanças de que o mundo caminha para uma resolução estrutural para a pandemia.

O Globo

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