Eleição de Covas custará vidas humanas

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O governador de SP, João Doria, endureceu a quarentena na cidade um dia após a eleição em 2o turno para não atrapalhar a eleição de Covas, pois desde outubro a medida já era necessária.

Ainda que seja inútil esperar um fio de decência das autoridades competentes em punir duramente a atitude criminosa do governo de São Paulo em esperar passar a eleição no Estado para endurecer a quarentena, é preciso dizer a verdade até para que a história registre esse genocídio eleitoreiro

Desde que se ouviu falar de segunda onda de covid na Europa que já se sabia que ela chegaria ao Brasil após devastar os Estados Unidos, como aconteceu com a primeira onda. Assim, era questão de tempo saber quais gestores, nos Estados brasileiros, iriam esperar passar a eleição para tomar providências, já que havia, por parte dos políticos, medo de perder votos em caso de adoção de medidas necessárias para barrar a nova onda da doença

Em vídeo publicado na noite da sexta-feira (13 de outubro), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), negou os rumores de que o comércio do estado fecharia após as eleições municipais.
A despeito do fato de que a população está cansada do isolamento social e desrespeita regras de distanciamento social, governadores e prefeitos não podem ser irresponsáveis colocando seus interesses políticos acima de milhões de vidas.

Governador e prefeito de São Paulo, porém, afirmaram que não havia necessidade de retroceder na quarentena Garantiram que a pandemia estava sob controle apesar da redução no número de leitos de UTIs vagos em hospitais privados e públicos apontassem outra coisa.

Ignorando o conselho de médicos e pesquisadores, Doria preferiu esperar esta segunda (30), quando já estava marcada uma revisão do Plano São Paulo, que classifica as regiões do Estado em fases quanto a níveis de abertura. Agora, passou a capital e outras região da fase verde para a amarela.

Como se esperava, porém, comércios e serviços vão voltar a funcionar menos horas por dia em São Paulo. A regressão foi anunciada um dia após a eleição do segundo turno da capital paulista, vencida por Bruno Covas.

Mas como isso é possível, se o recém-eleito prefeito de São Paulo afirmava, duas semanas atrás, que não existia segunda onda de covid?

A segunda onda existe e o governador e o prefeito de São Paulo deixaram de tomar medidas porque sabiam que poderia lhes custar votos. Quantos vão morrer por causa disso?