Hackers acessaram dados de servidores do TSE

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Foto: Lalo de Almeida/Folhapress

Os “hackers” que atacaram o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conseguiram acessar dados pessoais de funcionários relativos a 2020. Para fontes que acompanham a investigação, isso demonstra que a invasão ocorreu este ano. O cenário mais provável é que o ataque tenha acontecido antes do dia 1º de setembro, isso porque o conteúdo divulgado não traria dados registrados pelo tribunal após esta data.

As informações obtidas pelos “hackers” estavam no Portal do Servidor, um sistema administrativo que reúne informações sobre quem trabalha na corte e que não tem relação com o processo eleitoral.

Inicialmente, a informação repassada pelo presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, era que os dados eram antigos, provavelmente de 2001. No domingo, a Polícia Federal (PF) havia informado que a suspeita era que a invasão teria ocorrido antes do dia 23 de outubro. Também foi divulgado que o ataque teve origem em Portugal.

Além do vazamento dos dados no dia da votação, houve outra tentativa de ataque na manhã do domingo, para tentar derrubar o sistema do TSE, mas o ato foi neutralizado. Os múltiplos acessos vieram do Brasil, Nova Zelândia e Estados Unidos.

Barroso tem afirmado que a suspeita é que houve ações coordenadas por parte de grupos criminosos para tentar deslegitimar o processo eleitoral.

Ontem, o TSE decidiu criar uma Comissão de Segurança Cibernética para acompanhar a investigação da PF sobre o caso.

O grupo será presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, que é o responsável pelo inquérito das “fake news”, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Também integram a comissão o corregedor-geral do TSE, ministro Luis Felipe Salomão e o delegado federal Disney Rossetti, além de representantes da área técnica.

De acordo com a corte, as investidas cibernéticas contra a Justiça Eleitoral não tiveram relação com o atraso na divulgação dos resultados da votação, mas podem ter ocasionado instabilidades no aplicativo e-Título.

Em um relatório preliminar, a Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) afirmou que, apesar do atraso, a divulgação dos resultados “avançou com fluidez”. “O TSE foi transparente ao apresentar à população a informação de que a totalização dos votos era realizada com lentidão, o que gerou atraso na divulgação dos resultados. No entanto, esta avançou com fluidez. Ao redor de 22h, já estavam divulgados quase 90% dos resultados oficiais, e por volta das 23h, já superava os 96%.”

Para a entidade, “apesar do atraso inesperado, de acordo com outras experiências na região, a divulgação de resultados definitivos foi rápida”. “O Brasil conta atualmente com o sistema mais veloz de resultados oficiais na região. Os cidadãos puderam consultar os resultados no site do TSE, no aplicativo ‘Resultados’ e nos meios de comunicação, que deram uma ampla cobertura ao processo eleitoral.”

O documento parabeniza o TSE pela condução do pleito, mas traz uma série de recomendações ao país em diferentes áreas. Em um dos trechos, diz que a Justiça Eleitoral precisa “incrementar a confiança” da população no processo eleitoral. Segundo a organização, assim como nas eleições de 2018, foi possível perceber “preocupações de alguns atores que solicitam a existência do voto impresso”.

A OEA também ressalta o fato de os brasileiros terem saído de casa para “votar em um contexto de grande complexidade, ocasionado pela pandemia de covid-19”. Para a entidade, o TSE conseguiu disponibilizar a estrutura necessária para a realização das eleições de maneira segura, apesar de ter registrado aglomerações em alguns locais de votação.

Em outra frente, a OEA também apontou os esforços do TSE para combater a disseminação de “fake news” durante o processo eleitoral, como a parceria com as plataformas de redes sociais e com agências de checagem de notícias.

De acordo com dados divulgados ontem, mais de mil contas foram banidas após denúncias realizadas na plataforma criada em parceria entre o TSE e o WhatsApp para que os eleitores pudessem reportar suspeitas de disparo em massa de mensagens.

O canal recebeu 4.759 denúncias, porém 129 foram desconsideradas por não estarem relacionadas às eleições. Ao todo, 4.630 casos foram enviados ao WhatsApp para verificação de possível violação dos Termos de Serviço.

Após uma primeira etapa de revisão, o WhatsApp identificou números duplicados e inválidos, e chegou a 3.236 contas válidas identificadas, das quais 1.004 foram banidas por violação dos Termos de Serviço do aplicativo.

O período englobado foi de 27 de setembro a 15 de novembro. O canal continuará ativo durante o segundo turno, marcado para o dia 29.

Valor Econômico

 

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