Manifesto pró Lula cita Intercept e acusa Moro
Se alguém tinha dúvida de que um manifesto assinado por CENTENAS de entidades internacionais de todo o mundo seria avassalador, não tem mais. O manifesto deixa claro que o mundo está de olho no que o STF fará antes as provas demolidoras contra Moro.
Cerca de 400 lideranças políticas de entidades, associações e universidades de países da América Latina, África e Europa enviaram ao STF um manifesto pedindo a anulação das sentenças dadas ao ex-presidente Lula pelo ex-juiz Sergio Moro.
Líderes internacionais, entidades de direitos humanos, universidades, organismos multilaterais e juristas do mundo inteiro vêm denunciando a condenação fraudulenta de Lula no Brasil
Agora, porém, um documento demolidor cita as denúncias do Intercept Brasil feitas no ano passado sob a batuta de Glenn Greenwald, o indomável jornalista americano que veio residir no Brasil após afrontar o governo de Barack Obama denunciando que espionava governos estrangeiros, inclusive o de Dilma Rousseff. O material revelou ao mundo o complô entre o então juiz Sergio Moro e a promotoria da Lava Jato de Curitiba para condenar Lula sem possibilidade de defesa.
O Manifesto em questão é contundente não só pelos signatários, mas por mostrar o preço que o poder Judiciário brasileiro irá pagar em termos de sua imagem perante o mundo se insistir em manter farsa que, à luz do intercept, tornou-se extremamente grosseira.
Diz o Manifesto de Solidariedade Internacional ao presidente Lula e pela votação do habeas corpus do pelo STF
Exmos. Senhores Ministros do Supremo Tribunal Federal
Nós, os signatários da presente carta, nos dirigimos respeitosamente aos senhores,
integrantes da máxima Corte judicial do Brasil para expressar-lhe nossa profunda
preocupação com curso do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os fatos revelados pelo site The Intercept, difundidos em diversos outros meios de
comunicação do Brasil e do mundo, evidenciam que regras fundamentais do devido processo legal foram reiteradamente violadas.
Ademais, as condutas do Sr. Sergio Moro, ex-juiz e ex-ministro da Justiça, bem como de outros membros das Forças Tarefas da Lava Jato e do Ministério Público, deixam claro não somente a existência de conluio em um processo altamente politizado, como também que foi negado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seu direito inalienável a um julgamento imparcial.
Recebemos com estranhamento as notícias de que houve ingerência do FBI e do Departamento de Justiça do governo dos EUA com os procuradores da Lava-Jato. Sabemos que é inaceitável que governos estrangeiros atuem sobre processos judiciais locais que agridem a soberania e escondem outras motivações políticas e econômicas.
Entendemos que o Estado de Direito, no Brasil ou em qualquer outro país, corre sérios riscos quando não há respeito ao devido processo legal, que garante a todos os cidadãos o direito a um processo justo e imparcial.
Entendemos, ainda, que a Corte possui um papel essencial na salvaguarda das instituições e da democracia brasileira.
Assim, pedimos respeitosamente aos Senhores Ministros do Supremo Tribunal Federal que não se furtem à sua responsabilidade histórica, e atuem na plenitude de suas funções para reparar as injustiças cometidas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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