ONU investiga Peru por crimes contra direitos humanos
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Uma missão do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos avaliará, a partir desta quarta-feira, o impacto sobre os direitos humanos da crise política no Peru. O objetivo da equipe é oferecer “recomendações concretas às autoridades para prevenir futuras violações” durante manifestações pacíficas como as que varreram o país desde o afastamento do presidente Martín Vizcarra, na semana passada, para evitar o abuso policial.
A missão, chefiada por Jan Jarab, representante para a América do Sul dos Direitos Humanos da ONU, irá a Lima a convite do governo interino, agora chefiado pelo centrista Francisco Sagasti, eleito pelo Congresso na segunda.
A Anistia Internacional, por sua vez, pediu ao governo espanhol que suspenda as exportações de equipamento antimotins para o país. Na carta, dirigida à ministra do Comércio, Xiana Méndez, a seção espanhola da organização manifestou a sua “preocupação com a venda de equipamentos (…) como bombas de gás lacrimogêneo” e alertou para o “risco de impunidade e uso excessivo da força” por parte da polícia e das Forças Armadas do Peru.
Ao tomar posse na noite de terça-feira, Sagasti pediu perdão às famílias de Inti Sotelo, 24 anos, e Jack Pintado, 22, mortos nos protestos que derrubaram o breve mandato de seu antecessor, Manuel Merino. Além dos mortos, a repressão das forças de segurança no centro de Lima deixaram, no sábado, 63 feridos, um jovem desaparecido e um caso de violência sexual. Segundo o Ministério da Saúde mais de 200 pessoas ficaram feridas desde então.
Os protestos começaram depois que o Congresso destituiu Martín Vizcarra, por supostamente ter recebido propina quando foi governador regional de Moquegua em 2014. As manifestações foram duramente reprimidas por Merino, do partido de centro-direita Ação Popular, que renunciou na tarde de domingo após as mortes e sem apoio do Congresso.
Na primeira entrevista a jornalistas desde sábado, um porta-voz da Polícia Nacional negou que tenha havido excessos nas ações dos agentes. Parentes de Gabriel Rodríguez Medrano, que participou das manifestações no centro de Lima, continuam procurando por ele.
— Disseram que houve brutalidade policial e já mostramos que não há prisões arbitrárias nem desaparecimentos — declarou o general Víctor Sanabria.
Em relação ao uso excessivo de balas de borracha, Sanabria destacou que as responsabilidades são “individuais e muito pessoais” e que não poderiam ser atribuídas a todos os policiais.
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