Procurador crítico da Lava Jato cuidará de uma das investigações

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Foto: Carlos Eduardo Quadros/Estadão

O procurador da República Celso Tres, que atua no Ministério Público Federal (MPF) em Novo Hamburgo (RS), será o novo procurador natural da Operação Greenfield. O nome foi escolhido a partir de um edital lançado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 6 de novembro.

O novo coordenador da força-tarefa, no entanto, cuidará apenas dos casos em investigação da operação. Todos os inquéritos em que já houve denúncia ou abertura de ação por improbidade serão redistribuídos entre integrantes da Procuradoria da República no Distrito Federal (PR-DF).

A definição consta de despacho assinado nesta quarta-feira pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, e obtido com exclusividade pelo Valor.

Três é conhecido pela sua atuação no caso do Banestado e, nos últimos anos, tem feito duras críticas à Operação Lava-Jato. Em agosto, em entrevista ao site “Conjur”, afirmou que a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro era “escandalosa”.

A força-tarefa da Greenfield está desfalcada desde setembro, quando o criador do grupo, procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, apontou falta de apoio da cúpula da PGR e pediu para deixar o grupo.

De acordo com a PGR, a decisão de fatiar a operação é resultado de providências adotadas nos últimos meses para garantir a continuidade das investigações que envolvem desvios em fundos de pensão. No documento, Jacques classifica o fato de a Greenfield ter ficado sem comando como “excepcionalíssima, grave” e que “não comporta mais delonga na adoção de uma solução que a equacione”.

Segundo a PGR, inicialmente foi feito uma consulta aos procuradores da PR-DF, para saber se alguém gostaria de assumir o caso, mas ninguém se candidatou. Após a abertura do edital, apenas o procurador Celso Tres se ofereceu para assumir a operação.

O órgão afirma que a divisão da investigação se deu com base em uma norma que autoriza “a redistribuição dos feitos vinculados ao ofício, cujo titular estiver afastado, para dois ou mais membros do Ministério Público da União”.

De acordo com o despacho, a atuação da equipe atual da Greenfield, com sete procuradores, vai ser prorrogada por 60 dias. Inicialmente, a força-tarefa terminaria em 31 de dezembro. Depois desse período, o novo coordenador deverá apresentar um dimensionamento do volume e da força de trabalho necessária para dar continuidade às investigações. Ele terá autonomia para decidir se mantém os atuais procuradores, que têm familiaridade com o caso, ou se convoca um edital para a escolha de novos integrantes para a força-tarefa.

Jacques também aponta que vai pedir uma investigação sobre o trabalho da força-tarefa à corregedoria do MPF. Uma das críticas seria o fato de a Greenfield ter abarcado casos sem conexão com o objeto inicial da operação, que seriam os desvios em fundos de pensões. “Deixo à Corregedoria Geral do Ministério Público Federal a apuração das causas que levaram a esse estado de coisas; bem como confio a ela a aferição dos mecanismos de possível elastecimento excessivo da conexão ministerial dos feitos e, portanto, sua eventual revisão, redestinação e não-repetição.”

Na portaria, o vice-PGR faz elogios a Celso Tres. “Trata-se de experiente membro do Ministério Público, com notáveis trabalhos já realizados na instituição, acostumado a investigações de grande porte, dotado de coragem e inteligência extraordinárias, e forjado na sua carreira com valores de seletividade, prioridade e resolutividade aperfeiçoados em gigantesca capacidade de trabalho”, diz.

O novo coordenador da Greenfield, no entanto, não vai se mudar para Brasília e vai continuar lotado em Novo Hamburgo, fato que foi minimizado por Jacques. “A adoção do processo e dos procedimentos eletrônicos esvazia a vetusta territorialidade no tratamento dos casos.”

Valor Econômico 

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