TSE nega relação entre atrasos e segurança

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Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

As eleições municipais ocorreram sob clima de medo de ataques cibernéticos, falhas no aplicativo e-título e lentidão na transmissão da contagem dos votos no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O resultado final foi divulgado pouco antes de meia-noite, com uma demora de quase três horas em relação à divulgação do resultado das eleições de 2018. O atraso foi provocado por um defeito no hardware do supercomputador do TSE. O presidente do órgão, ministro Luís Roberto Barroso, e o colega de Suprema Corte, ministro Edson Fachin destacaram, por diversas vezes, que a demora não teve nenhuma relação com a segurança da apuração dos votos.

No caso do e-título, a lentidão foi provocada justamente pelo esquema de defesa criado dias antes, levando em conta a derrubada de todo o sistema do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que levou sete dias para ser restabelecido. Ontem, um ataque de hackers promovido por um grupo coordenado nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Brasil foi prontamente neutralizado por técnicos do TSE e de telefônicas. O grupo tentou sobrecarregar os sistemas do tribunal, mas não atingiu o objetivo.
O TSE separou um dos três servidores para salvar todas as informações importantes, em caso de um ataque cibernético bem-sucedido, garantindo o funcionamento do órgão mesmo no pior cenário. Operando com menor capacidade, porém, o sistema sofreu solavancos durante todo o domingo. Barroso admitiu a possibilidade de que o uso de um servidor a menos tenha sobrecarregado o hardware.

O imprevisto deu munição à extrema direita para criar teorias da conspiração e acusar o sistema de fraude sem, no entanto, apresentar provas. O ministro Barroso lembrou que o sistema é auditável, e que, durante a votação, as urnas não funcionam conectadas à rede mundial de computadores. Portanto, não há como invadi-las e mudar os resultados. A centralização da contagem dos votos que sobrecarregou o hardware se deu por recomendação da Polícia Federal, para tornar o tráfego de dados mais seguro. “Lamento sinceramente o atraso ocorrido. Ele decorreu provavelmente do aumento das medidas de segurança que trouxemos para o sistema e de uma falha em um dos processadores”, disse.

“Mas os resultados todos são passíveis de conferência. A totalização nada mais é do que tomar os boletins de todas as 4 mil sessões eleitorais e somá-los. Ao fim da votação em todas as sessões, se imprime o boletim da urna. A demora não compromete a confiabilidade do sistema. Muito menos uma demora de 3 horas. Eu não tenho controle sobre o imaginário das pessoas”, acrescentou.

Próximo a assumir a presidência do TSE, em 2022, Fachin também partiu em defesa do sistema. Disse que o órgão escolherá sempre a segurança, em detrimento da velocidade na divulgação da contagem de votos. “Nosso desafio era garantir a soberania da vontade popular depositada nas urnas. O TSE optou pela segurança. A centralização não se deu por uma opção de economicidade, mas por recomendações da área de segurança sobre a informação, e o TSE chamou para si a responsabilidade”, afirmou. “Preferimos a segurança e a higidez à velocidade. Se houvesse casamento entre as duas para o resultado sair às 20h, melhor. Mas o atraso, de modo algum, comprometeu a segurança”, completou.

Fachin também disse que todos os acontecimentos serão levados em conta no planejamento do processo eleitoral de 2022. “Todas essas informações serão avaliadas. As eleições de 2022 preocupam desde logo o presidente do TSE, ministro Barroso, a mim, que vou assumir a presidência, e ao ministro Alexandre de Moraes, que a assumirá depois de mim”, destacou.

Correio Braziliense

 

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