Brasil cobrará povo pela vacina; Japão, não

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Foto: Yuichi Yamazaki/Getty Images

O Japão vai fornecer, gratuitamente, vacina contra a Covid-19 a seus 126 milhões de habitantes, conforme projeto de lei aprovado nesta quarta-feira, 2, no momento em que o arquipélago enfrenta um aumento de casos da pandemia.

O projeto de lei aprovado pelo Parlamento japonês, a Dieta, prevê que o Estado cobrirá todos os gastos com a vacina, além de incluir provisões obrigando os cidadãos japoneses a se vacinarem.

O governo japonês já fez um pedido inicial de vacinas da empresa farmacêutica Pfizer para 60 milhões de pessoas, e da Modern Biotechnology Society para outros 25 milhões. O governo também confirmou que receberá 120 milhões de doses da vacina AstraZeneca.

Ou seja, as autoridades japonesas confirmaram encomenda de pelo menos 205 milhões de unidades de três vacinas diferentes para a Covid-19. Isso representa quase duas doses para cada um dos mais de 126 milhões de japoneses.

Segundo o primeiro-ministro, Yoshihide Suga, o governo terá assegurado estoque de vacina suficiente para “o povo do país” até o final do primeiro semestre de 2021.

Como apontado pelo jornal japonês The Japan Times, não se está claro se a lei aprovada nesta quarta-feira envolve também a vacinação de estrangeiros residentes no país.

Autoridades do Ministério da Saúde japonês afirmaram esperar que esses estrangeiros sejam também vacinados gratuitamente.

A adoção do projeto ocorre duas semanas depois de Suga declarar que o país entrou em “alerta máximo”, após registrar um número recorde de novos casos de Covid-19 — 2.201 casos em 18 de novembro, sendo cerca de 500 apenas na capital, Tóquio.

Ao todo, o país soma pouco mais de 150 mil casos, incluindo 2.109 mortes.

A medida das autoridades japonesas contrasta drasticamente com o cenário da distribuição da vacina no território brasileiro, mais de 20 vezes maior em área que o Japão. O Ministério da Saúde já indica que a vacinação subsidiada pelo governo talvez não se estenda, em um primeiro momento, a pessoas que estão fora do grupo de risco.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fantinato, estimou que os grupos a serem priorizados na vacinação serão decididos com base no cenário epidemiológico e nas eventuais vacinas que forem disponibilizadas em solo brasileiro.

“Definimos objetivos para a vacinação, porque não temos uma vacina para vacinar toda a população brasileira. Além disso, os estudos não preveem trabalhar com todas as faixas etárias inicialmente, então não teremos mesmo como vacinar toda a população brasileira”, afirmou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fantinato, no final de novembro.

A meta, segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, é que o governo vacine 80 milhões de brasileiros por ano.

Franco justificou nesta semana a vacinação de apenas parte dos brasileiros, em um primeiro momento pelo menos, com base na “imunidade de rebanho”, conceito científico segundo o qual, em termos gerais, a imunização de uma parcela da população dificulta a cadeia de transmissão de uma doença, e logo, protege até mesmo as pessoas não-imunizadas.

“O fato de determinados grupos da população não serem imunizados não significa que não estarão seguros, porque outros grupos que convivem com aqueles estarão imunizados e dessa forma não vão ter a possibilidade de se contaminar”, disse Franco.

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