Se popularidade de Bolsonaro cair, Centrão diz que pula fora

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Foto: Marcos Corrêa/PR/Divulgação

As eleições municipais encerradas no último domingo, 29, deixaram mensagens importantes para o atual governo e para os partidos políticos em geral. Como a coluna mostrou, a união de partidos de diferentes vertentes aumenta as chances de vitória. Muitas dessas vitórias, inclusive, beneficiaram os partidos de centro, que cresceram e conquistaram espaços importantes em todo o país.

Já o presidente Jair Bolsonaro viu sua popularidade cair, assistiu à derrota da maioria dos seus candidatos nas urnas e ainda corre o risco de perder o apoio dos partidos de centro se não reconquistar sua força e provar que consegue estabilizar a economia.

Tanto os chamados partidos centro tradicional, no caso, o MDB, ou as legendas que nem sempre andaram nesse espectro político, mas se uniram para formar o “centrão”, têm como condição para apoiar o presidente da República a popularidade alta, a economia caminhando bem e a queda do desemprego. No entanto, esse cenário está cada vez mais difícil de ser uma realidade para a gestão Bolsonaro.

Entre os que mais ganharam nas eleições deste ano, o DEM nasceu como um partido de centro liberal, mas está se aproximando cada vez mais do centro. A legenda terá 464 prefeituras a partir de 2021, 196 a mais do que tinha em 2016.

Nomes importantes da sigla, como o presidente nacional do DEM, ACM Neto (DEM-BA), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estão trabalhando para dar ao partido uma visão mais programática e centrista. Daí o alerta de que não apoiarão o Bolsonaro dos extremos.

Maia e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), até deram uma trégua nos atritos com Jair Bolsonaro, mas a agenda de reformas que o governo quer priorizar no Congresso, unida à falta de popularidade do presidente, podem atrapalhar os planos.

Já o MDB, que sempre esteve disponível para fazer coalizões e que tem nomes de peso, vai governar 784 cidades a partir de 2021. Apesar do bom desempenho, a legenda perdeu o comando de 260 municípios e estará um pouco menor do que estava em 2016.

Entre os partidos do chamado “centrão”, considerado o grande balcão de negociações dos políticos, o PP, o PSD e o PL terão o maior número de prefeituras a partir do próximo ano. PP terá 685 cidades, PSD comandará 655 municípios e o PL terá 345 cidades para governar.

Para essas duas alas de centro do país, o presidente Jair Bolsonaro se tornou um “pato manco”, expressão usada para definir um político que está no cargo, mas perde forças e pode não conseguir nem disputar uma reeleição.

Um levantamento do jornal O Globo com dados do Ibope, feito antes da disputa do segundo turno, já indicava que a análise negativa do presidente cresceu em 23 das 26 capitais do Brasil entre os meses de outubro e novembro.

Resta saber se Bolsonaro vai usar as eleições como uma lição a ser aprendida ou se vai negar que seu nome já não tem a força que teve nas eleições de 2018.

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