Defensores da cloroquina não param de morrer

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Luciano Hang, o “Velho da Havan”, internado com covid, mostra que o negacionismo bolsonarista cobra alto preço dos praticantes. Impressiona, por exemplo, a quantidade de médicos defensores da cloroquina que estão morrendo

Apoiador de Bolsonaro, Hang costuma usar as redes sociais para defender o uso de hidroxicloroquina e contestar o isolamento social. Ele não autorizou o hospital a divulgar boletins sobre seu estado de saúde. A esposa e a mãe dele também estão no hospital.

Já a influenciadora Ygona Moura se tornou um dos assuntos mais comentados nas rede sociais. Ela postou nas redes, há poucos dias, que “aglomerou com sucesso e que recebeu muito bem para isso”. E pregou mais aglomerações. Agora, está em coma induzido por covid.

 

A influenciadora adoentada pode até vir a perder a vida por conta de autoridades e profissionais que estão jogando milhares de brasileiros na mesma situação que ela

Pessoas como Bolsonaro e esses “médicos” que foram ter com ele em mais do que provável busca de sinecuras sabem muito bem que esse “tratamento precoce” não existe e que, se existisse, pessoas como o Velho da Havan e a ingênua influenciadora que ouviu gente como ele não estariam na situação em que estão.

Muitos dos negacionistas da covid e defensores de charlatanismos como “tratamento precoce” à base de cloroquina e outras drogas inúteis já pagaram caro. Alguns desses médicos que foram bajular Bolsonaro e defender mentiras chegaram a morrer de covid.

Minha amiga, meu amigo. A verdade é uma força da natureza como o vento ou a chuva. Tentar conter a verdade é como tentar segurar água entre as mãos; ela escapa por entre os seus dedos. E a verdade costuma ser severa com quem tenta sufocá-la.

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