Maia é criticado por propor votação à distância
Foto: Pedro França/Agência Senado
O presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI), reagiu ao movimento do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que revelou a intenção de realizar, por meio de votação remota – e não presencial – para eleição para a Mesa Diretora da Casa no dia 1º de fevereiro.
“Havendo absoluta coerência com a decisão da Justiça Eleitoral, que determinou votação presencial nas eleições de 2020, o Regimento Interno da Câmara dos Deputados contempla exclusiva votação presencial, sem previsão de eleições remotas”, diz Nogueira em nota oficial da Executiva do Progressistas divulgada nesta tarde.
No comunicado, Nogueira argumenta que “milhares de brasileiros, em plena pandemia”, foram obrigados a irem às urnas, com riscos à saúde, mas respeitando a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Maia “deve respeitar os regulamentos, reconsiderando intenção de promover eleições à distância para escolha de seu sucessor e da nova Mesa Diretora, como sinalizou”.
Ao fim, Nogueira reclama que o debate sobre o tema é desnecessário. “A menos de um mês para as eleições da Mesa, mais uma vez a Casa e a população brasileira assistem a uma discussão desnecessária, já que existe um regimento a ser respeitado e não afrontado sem qualquer justificativa plausível”.
Com a nota, Nogueira reforçou o argumento do líder do PP, Arthur Lira (AL), que mais cedo reagiu nas redes sociais à intenção de Maia.
“Nas eleições (municipais), 148 milhões de eleitores tiveram a obrigação de ir às urnas e votar em plena pandemia. Agora, o presidente da Câmara @rodrigomaia e seu candidato @baleiarossi querem votar remotamente na eleição p/presidência da Câmara. Qual a verdadeira intenção por trás disso?”, questionou Lira no Twitter.
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