Palácio do Planalto tem surto de covid

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Foto: HUGO BARRETO/METRÓPOLES

O número de casos de Covid-19 cresceram 212% entre outubro e dezembro entre servidores do Palácio do Planalto. De acordo com dados da Secretaria-Geral da Presidência, desde o início da pandemia até o fim de 2021, foram registrados 418 casos. Não houve óbitos decorrentes da doença.

Atualmente, a Presidência da República conta com cerca de 3,5 mil servidores. Desses, 33% estavam em trabalho remoto até dezembro do ano passado.

Apenas em dezembro, foram registrados 50 novos casos, uma alta que não era vista desde agosto, quando foram diagnosticados 60 casos. O mês com as maiores notificações da doença foi julho, com 114 infecções.

Abaixo, veja relação de casos de Covid-19 registrados no Planalto por mês:

Março: 22
Abril: 2
Maio: 18
Junho: 49
Julho: 114
Agosto: 60
Setembro: 39
Outubro: 16
Novembro: 48
Dezembro: 50

Em nota, a Secretaria-Geral afirmou que, desde o início da pandemia, “adotou medidas para garantir a segurança dos frequentadores do Palácio do Planalto, diminuindo drasticamente o fluxo e trânsito de pessoas no local”.

“Ainda em março de 2020, foram tomadas providências que culminaram em inovações tecnológicas dos protocolos de limpeza. Passou-se a fazer a desinfecção das áreas comuns com máquinas de alta tecnologia, limpeza detalhada de equipamentos dos servidores (computadores, teclados, telefones, etc) e ampliação do fornecimento de dispenser de álcool em gel em suas dependências, anexos e adjacências”, informou a pasta.

Como o Metrópoles revelou, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ampliou o número de eventos públicos no Palácio do Planalto, ainda em 2020, em meio ao avanço da segunda onda da doença no país.

De acordo com levantamento realizado pela reportagem, com base na agenda presidencial, as cerimônias palacianas quase dobraram se comparados o primeiro e o terceiro trimestre da pandemia.

Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia do novo coronavírus, em 11 de março, até 18 de dezembro de 2020 – data em que Bolsonaro encerrou os compromissos oficiais – foram realizados 44 eventos no Planalto. Desses, apenas 10 tiveram relação com a pandemia (veja quais mais abaixo).

Na maioria das cerimônias, nem o presidente nem parte dos convidados fizeram o uso da máscara, como recomendam as autoridades sanitárias do Brasil e do mundo.

No primeiro trimestre da pandemia, Bolsonaro realizou 11 eventos públicos no Planalto, entre eles a posse do então segundo ministro da Saúde da administração Bolsonaro, Nelson Teich, e a prorrogação do auxílio emergencial.

Já no segundo trimestre, entre julho e setembro, foram registradas 14 cerimônias. Entre elas:

assinatura de medida provisória para viabilizar a destinação de R$ 1,9 bilhão para produção da vacina de Oxford contra a Covid-19;

evento “Brasil vencendo a Covid-19”. Na época, o Brasil registrava mais de 3,6 milhões de casos, com 114 mil mortes;

assinatura de medida provisória que facilitam o acesso ao crédito em meio à pandemia; e

posse do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Por fim, no terceiro trimestre da pandemia, foram realizados 19 eventos, quase o dobro em relação ao primeiro trimestre. Entre eles:

lançamento do programa “Genomas Brasil”, que tem o objetivo de sequenciar genes de portadores de doenças como a Covid-19;

cerimônia para anunciar que um vermífugo tinha eficácia contra a Covid-19. Na cerimônia, o governo não apresentou dados completos e usou um gráfico idêntico ao de um banco de imagens;

cerimônia para incentivar a retomada do setor de Turismo em meio à pandemia; e

lançamento do plano nacional de operacionalização da vacinação contra a Covid-19.

Questionados sobre o aumento das cerimônias, nas quais ocorrem aglomerações, o distanciamento social não é cumprido e parte dos convidados não usam máscara, o Ministério da Saúde e o Palácio do Planalto não se manifestaram.

Metrópoles 

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