Combustíveis têm maiores preços da história no Brasil

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Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

A gasolina e o diesel registram os maiores preços médios já vistos nas bombas dos postos de todo o Brasil. Na semana passada, a média nacional do preço da gasolina chegou a R$ 4,92 por litro, de acordo com dado mais recente da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Isso representa 8% a mais que em fevereiro do ano passado, pouco antes de a pandemia de coronavírus se alastrar pelo mundo e derrubar as cotações do petróleo e dos combustíveis a seus menores níveis em anos.

Com a recuperação rápida dos preços globais da commodity e piorada por um dólar que também disparou, a gasolina brasileira saltou para os valores recordes de agora.

A maior média registrada anteriormente havia sido de R$ 4,72 por litro, em outubro de 2018, poucos meses depois da greve dos caminhoneiros que paralisou o país por duas semanas em maio daquele mesmo ano. Os valores não consideram a correção pela inflação do período.

Os preços dos combustíveis são acompanhados semanalmente pela ANP em mais de 2.000 postos em todos os estados, desde 2004. No mais caro deles atualmente, no Acre, já tem gasolina sendo vendida a R$ 6 o litro (veja o preço por estados mais abaixo).

Nas bombas do diesel, a situação não é muito diferente. O combustível que abastece os caminhões está 2% mais caro que há um ano, antes da crise do coronavírus, e 0,8% acima do pior momento de maio de 2018, quando a escalada rápida no preço fez estourar a greve da categoria. As variações também não consideram a inflação do período.

Os aumentos são mais brandos, mas suficientes para que o combustível também tenha, hoje, o maior preço já capturado pela ANP em termos nominais. Na última semana, o preço médio do litro do diesel no país estava em R$ 3,88. O valor mais caro encontrado na semana, também no Acre, chegou a R$ 5,25.

Em maio de 2018, recorde anterior, o preço médio do diesel no país bateu R$ 3,83, e o posto mais caro chegou a cobrar R$ 5,20 pelo litro do combustível naqueles meses. Uma alta sincronizada do barril no mundo e do dólar no Brasil também foi a responsável por uma arrancada rápida nos preços dos combustíveis no começo daquele ano.

O preço da gasolina e do diesel no país é definido pela Petrobras, que domina o mercado de combustíveis domésticos, com base no preço do barril de petróleo no mercado internacional e na cotação do dólar: quando uma ou as duas coisas sobem, o preço dos combustíveis sobe também.

Essa política de paridade passou a ser seguida pela estatal em 2016, no governo de Michel Temer, depois que o governo de Dilma Rousseff passou os anos anteriores mantendo os preços internos mais baixos do que os que eram pagos lá fora. Os congelamentos colaboraram para os quatro anos seguidos de prejuízo que a petroleira teve até 2017.

O barril do petróleo hoje é negociado na faixa de US$ 60 no mundo, depois de ter desabado aos US$ 20 nos piores momentos do ano passado. Ele já foi mais caro. Em 2008, por exemplo, chegou a passar dos US$ 100. Mas, dentro do Brasil, o custo era ajudado por um dólar extremamente barato, abaixo dos R$ 2.

Agora, o barril em alta encontra um dólar também alto, na casa histórica dos R$ 5,40, e foi essa sincronia de aumentos que levou às escaladas rápidas dos preços nas refinarias vistas nos últimos meses. Só neste ano, o preço da gasolina vendida pela Petrobras já subiu 34%, acompanhando um petróleo que também ficou 30% mais caro lá fora, em dólar.

Na semana passada, a Petrobras anunciou um aumento de 10% na gasolina de uma só vez. No diesel, o reajuste foi de 15% no mesmo dia. O aumento foi o estopim para que o presidente Jair Bolsonaro anunciasse em poucas horas o corte de impostos sobre o diesel, em uma live, e a troca do comando da estatal, por um post no Facebook.

O corte de impostos pode reduzir o preço do diesel entre 8% e 10% por dois meses, mas deve custar mais de R$ 3 bilhões aos cofres públicos, buraco que ainda não foi explicado pelo governo como será tapado.

CNN Brasil 

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