Apesar de covardia do governador, igrejas do DF fecham na pandemia

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Foto: Reprodução

Considerados serviço essencial após lei aprovada pela Câmara Legislativa (CLDF), templos religiosos do Distrito Federal estão autorizados a abrir durante o lockdown imposto pelo Governo do Distrito Federal para conter a pandemia da Covid-19. Apesar da liberação, alguns centros religiosos da capital preferiram não arriscar a saúde dos fiéis. Ao tomarem ciência da situação da saúde pública, líderes decidiram suspender as atividades até que haja redução significativa dos casos de infecção e mortes pelo novo coronavírus.

O pastor Otávio Damichel, da Igreja Coletivação, em Ceilândia, é um dos que cancelou os cultos. Temendo pela saúde dos cerca de 40 frequentadores do espaço em que celebra a fé, ele preferiu fazer tudo de maneira virtual. “Agora o momento é de ficar em casa. A gente está fazendo as lives pelo Instagram, e depois deixa disponível para quem quiser assistir. Algo mais curto, voltado para a internet, mas é o melhor”, explica.

De acordo com o líder espiritual, já no primeiro lockdown, a igreja preferiu ficar um bom tempo sem encontros presenciais por causa do grande risco da pandemia. “Fomos voltar mesmo só no fim do ano passado. Agora, com essa demora na vacinação, não sei quando voltaremos”, destaca.

Para o pastor, no entanto, atingir apenas o próprio grupo não é o suficiente. Ele também utilizou as redes sociais para tentar convencer mais pessoas a não participarem de celebrações religiosas. “A gente passou a realmente direcionar posts ao público cristão, com frases fortes, versos bíblicos, para estabelecer um ponto”, assinala Otávio.

A recepção, no entanto, não foi amistosa, segundo ele. “Muita gente nos criticou, dizendo que não sabíamos o que estávamos dizendo. Achavam que não éramos uma igreja”, relata.

 

A Igreja Internacional da Reconciliação (IIR) também preferiu suspender os cultos presenciais. “A gente está vivendo um momento muito delicado. Eu considero a igreja um serviço essencial, mas até o essencial precisa ter um comportamento diferente diante da situação que vivemos”, comenta o pastor Gustavo Paiva.

Dessa forma, o local, que costumava receber mil pessoas antes da pandemia e cerca de 400 no ano passado, adotou cultos on-line (veja abaixo).

“Aos domingos, são duas palavras diferentes, e também temos grupos de estudos ao longo da semana. A única coisa que mantivemos foi atendimento individual a quem realmente necessita. Essa questão do isolamento trouxe à tona casos de depressão, problemas familiares, e não podemos fechar a porta para essas pessoas”, salienta.

Sem data para voltar, Gustavo diz que passará a monitorar como andam os índices da Covid-19 no DF. “Primeiro, a taxa de contaminação precisa cair; depois, precisamos de ter mais leitos de UTI. Só aí vamos pensar em voltar, e será uma volta progressiva”, esclarece.

 

Há espaços religiosos no DF, no entanto, que mantêm as portas fechadas desde o início da pandemia – em março do ano passado. O terreiro de Umbanda mais antigo do Distrito Federal, Centro Espírita Assistencial Nossa Senhora da Glória (Ceansg), é um deles. Uma vez que os atendimentos são individuais, é impossível evitar contato próximo entre os participantes. “São de 50 a 60 médiuns e 250 a 300 pessoas por noite de atendimento. [Manter as sessões é] Um risco enorme para todos”, comenta o ogã Edson Muniz, espécie de diretor espiritual.

A ideia de suspensão das atividades, que era temporária, acabou ganhando força. Já que a pandemia não teve fim, os atendimentos não voltaram. “Acabamos tendo que apelar para uma vaquinha virtual, e fomos muito felizes. Muitas pessoas nos ajudaram, e conseguimos nos manter gastando o mínimo possível, e sem demitir nenhum dos três funcionários”, ressalta.

Apesar de já sentir falta dos encontros, Edson não vê o Ceansg voltando à ativa tão cedo. “Enquanto a gente não tiver segurança para fazer isso, não tem como voltar. Pouquíssima parte da população do DF se vacinou até agora. A ausência tem nos angustiado bastante, mas não podemos deixar de pensar que fazemos 30 mil atendimentos por ano”, pondera.

Testemunhas de Jeová também não se encontram nos salões do reino – nome dos locais em que se reúnem – há um ano. Conforme destaca Adriano Faria, porta-voz da religião no DF, tudo tem acontecido exclusivamente por videoconferência. “São cerca de 20 mil fiéis aqui em Brasília e 200 congregações. Cada uma se reúne [on-line] com 100 pessoas, e os discursos acontecem normalmente, sem estarmos próximos”, detalha.

Dessa forma, este será o segundo ano seguido que uma das celebrações mais tradicionais da religião acontecerá a distância. “A reunião para a morte de Jesus será toda virtual no dia 27 de março, após o pôr do sol. Mesmo a pregação que fazíamos de porta em porta passou a ser por telefone ou carta”, assinala Faria.

Vale destacar que a divergência de datas para a morte de Jesus é pelo tipo de calendário escolhido. Enquanto os cristãos usam sempre sexta-feira como referência, as testemunhas de Jeová utilizam o calendário lunar, que pode cair em diferentes dias da semana. Para saber quando será o dia considerado correto, é adotado o mesmo método da época de Jesus.

Metrópoles

 

 

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