Boulos diz que Lula vai “mexer com todas as peças do tabuleiro”

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Foto: Roberto Casimiro/Fotoarena

Ex-candidato a presidente pelo PSOL, o líder do movimento sem-teto Guilherme Boulos afirmou que a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal de anular todos os processos em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era ou foi réu na Justiça Federal de Curitiba, embora importante, foi tardia. “A anulação era necessária, mas é uma Justiça que veio com três anos de atraso. Acho muito engraçado que só agora o ministro Fachin tenha visto que Sergio Moro agiu fora de sua competência”, afirmou Boulos, por telefone, a VEJA.

Nos últimos anos, Boulos tem se aproximado política e pessoalmente de Lula. O ex-candidato deve telefonar ainda nesta segunda-feira para o petista para falar da decisão do Supremo. “A farsa que elegeu Bolsonaro está se desmontando. O que me preocupa é se essa decisão não é uma boia de salvação para quem conduziu tudo isso, ou seja, que não impeça o julgamento de suspeição do ex-juiz Sergio Moro.”

Boulos avalia que Lula tornar-se elegível muda toda a configuração política no país. “Lula é uma liderança popular, a maior liderança no campo progressista do Brasil, isso vai mexer com todas as peças do tabuleiro”, analisa ele. Sobre as eleições de 2022, o ex-candidato do PSOL afirmou que defende “uma mesa de unidade do campo progressista” para enfrentar o presidente Jair Bolsonaro.

Outro presidenciável, o apresentador de TV Luciano Huck disse que “Corte Suprema tem a última palavra” e disse que é preciso respeitar a decisão de Fachin, mas “refletir com equilíbrio sobre o momento e o que vem pela frente”. “Mas coisa é fato: figurinha repetida não completa álbum”, postou.

 

Já o ex-governador Ciro Gomes (PDT) publicou no Twitter uma série de vídeos com declarações suas nas quais questiona vários procedimentos da Justiça e do Ministério Público na Operação Lava Jato e lembra que isso poderia gerar várias nulidades jurídicas no futuro. “Sobre a decisão do ministro Fachin, veja o que sempre tentei avisar ao Brasil”, postou.

 

O ex-ministro Sergio Moro, que com a decisão de Fachin não será mais julgado no processo de Lula que pede a sua suspeição, não comentou o episódio até agora.

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