Novo ministro da Saúde vai manter tudo como está

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Reprodução

Passava das 22h quando Jair Bolsonaro compartilhou em seu canal do Telegram um vídeo em que comentava a substituição de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde. “Já conhecia há alguns anos, então não é uma pessoa (de) que tomei conhecimento há poucos dias. E tem tudo, no meu entender, para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo o que o Pazuello fez até hoje”, começou o presidente, dizendo que o objetivo é continuar com o “programa de vacinação em massa”, que ele chamou de “um programa bastante ousado”. E concluiu: “o trabalho do Pazuello tá muito bem feito, a parte de gestão foi muito bem feita por ele”.

O recado gravado do lado de fora do Alvorada foi o mesmo expresso horas antes, na reunião que sacramentou a indicação do cardiologista Marcelo Queiroga para o ministério. Na conversa de três horas, da qual participaram também o filho e senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o líder do centrão e senador Ciro Nogueira (PP-PI), ficou claro que o presidente só está trocando de ministro porque a permanência de Pazuello no governo se tornou impossível.

Nos últimos dias, a pressão do centrão para tirar o ministro-general do cargo se tornou incontornável. Nas conversas com o presidente, os caciques do bloco político diziam que Pazuello era um foco de conflitos e um imã de problemas.

Acreditavam que, se ele continuasse no posto, ficaria difícil segurar a CPI que está parada no Senado com as assinaturas necessárias, só esperando para ser instalada. E alertavam que os índices de popularidade mantidos pelo auxílio emergencial não vão resistir para sempre ao agravamento da pandemia e os seguidos recordes de mortes diárias.

Bolsonaro, então, cedeu a cabeça de Pazuello, mas rejeitou qualquer mudança brusca no rumo do governo na pandemia. O presidente da República não quer nem ouvir falar em isolamento social, nem mudar a política de vacinação ou abandonar a defesa do chamado tratamento precoce com cloroquina.

Acha que mudar pode significar uma admissão de culpa pelas mortes pela Covid-19. Por isso não quis acordo com a candidata do centrão, Ludhmila Hajjar, e fechou com Queiroga, seguidor fiel que já estava no páreo para comandar a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Os líderes do centrão, que apoiaram Ludhmilla, não fizeram alarde sobre a forma como sua candidata foi descartada e fritada pelas redes bolsonaristas. O presidente, por sua vez, fez questão da presença de Ciro Nogueira no encontro em que se convidou Queiroga, para prestigiá-lo.

O senador voou para Brasília antes do que havia previsto só para dar sua benção ao novo ministro, escolha direta de Bolsonaro. Uma vez fechada a troca, difundiu-se nos bastidores que Queiroga teria sido indicado por Nogueira. O senador não contestou. Nem teria por quê. Em Brasília, só a fama de ser padrinho de ministros já rende ótimos dividendos.

Ocorre que até mesmo o apetite do centrão tem limites. E esses limites costumam se impor quando o governo se torna politicamente inviável. Ainda não se chegou a esse ponto, mas pelo jeito os próceres do centrão já vêem essa hipótese de forma mais concreta do que nunca.

A imagem que se faz no centrão a respeito do episódio é auto-explicativa. “É como trocar o fusível de um comôdo da casa: se ele queima e você troca quatro vezes, na quinta é melhor trocar logo a casa toda.

Como se vê, não foi só Bolsonaro quem andou passando recados em Brasília ontem.

O Globo

 

 

 

 

O blogueiro Eduardo Guimarães foi condenado pela Justiça paulista a indenizar o governador João Doria em 20 mil reais. A causa foi um erro no título de matéria do Blog da Cidadania. O processo tramitou em duas instâncias em seis meses DURANTE A PANDEMIA, com o Judiciário parado. Clique na imagem abaixo para ler a notícia

Quem quiser apoiar Eduardo e o Blog da Cidadania pode depositar na conta abaixo.

CARLOS EDUARDO CAIRO GUIMARÃES
BANCO 290 – PAG SEGURO INTERNET SA
AGÊNCIA 0001
CONTA 07626851-5
CPF 100.123.838-99

Eduardo foi condenado por sua ideologia. A ideia é intimidar pessoas de esquerda. Inclusive você. Colabore fazendo um ato político, ajudando Eduardo com qualquer quantia.