Bolsonaro torce para STF permitir matadouros em igrejas

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Foto: Marcos Corrêa/Presidência/

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que torce para que o Supremo Tribunal Federal (STF) mantenha a decisão do ministro Nunes Marques de liberar a realização de missas e cultos religiosos em todo o Brasil, mesmo durante o pior momento da pandemia de Covid-19 no Brasil. Um julgamento sobre tema está previsto para estar quarta no STF. Bolsonaro também disse que seria bom se algum dos ministros ao menos pedisse mais tempo para analisar, o que adiaria uma definição.

— 90% da população, um pouco mais, acredita em Deus. E, acreditando em Deus, eu espero que daqui a pouco, está previsto no Supremo Tribunal Federal, julgar a liminar do ministro Kassio Nunes, ou que a liminar seja mantida ou que alguém peça vista, para que nós possamos discutir um pouco mais a abertura de templos religiosos — disse Bolsonaro, durante visita a Chapecó (SC).

No sábado, Nunes Marques liberou a realização de missas e cultos, atendendo a um pedido da Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (Anajure). De acordo com o ministro, a proibição das reuniões religiosas seria uma extrapolação de poder dos estados e municípios e poderia ferir a liberdade religiosa.

Na segunda-feira, em outra ação, o ministro Gilmar Mendes negou pedido do PSD contra decreto do governo do estado de São Paulo que proibiu a realização de atividades religiosas coletivas. Assim, com decisões opostas dos dois ministros, caberá agora ao plenário fixar um entendimento sobre o tema.

Bolsonaro visitou Chapecó por considerar a cidade um exemplo no combate à Covid-19, apesar da cidade ter apresentado um aumento de 322% no número de óbitos pela doença em 2021, em relação ao ano passado.

Em um discurso de quase meia-hora, o presidente defendeu diversas vezes a adoção de um “tratamento precoce” contra o coronavírus, apesar de admitir que não há eficácia comprovada de nenhum medicamento contra a doença. Bolsonaro também criticou as medidas de restrição de circulação de pessoas, utilizadas por governadores e prefeitos para diminuir a disseminação do vírus.

Um dia após o Brasil recorder de número de mortes, com o número de registros de óbitos em 24h passando de 4 mil pela primeira vez, o presidente disse que “parece que no Brasil só tem Covid”:

— Temos que ter coragem para decidir. Se ficar parado, esperando solução, o problema, além desse, do vírus, teremos outro, do desemprego. Que leva à depressão, leva à falta de esperança. Leva a que outras doenças sejam agravadas.Parece que no Brasil só tem Covid, acabaram as outras mortes, os outros sofrimentos. Não.

Bolsonaro reclamou do que chamou de “campanha mundial” contra o “tratamento imediato” da doença e disse que não “tolher a liberdade do médico:

— Eu não sei como salvar vidas. Eu não sou médico, não sou enfermeiro. Mas eu não posso tolher a liberdade do médico, ou até mesmo do enfermeiro. Ele tem que buscar uma alternativa para isso — disse, acrescentando depois: — Por que essa campanha mundial contra métodos, contra médicos e contra quem fala do tratamento imediato? Por que isso? O que está acontecendo com o mundo?

O presidente disse concordar com medidas restritivas apenas “em uma emergência”, para melhorar a estrutura de saúde, mas afirmou que não se pode abrir mão da “liberdade”:

— Apareceram as medidas restritivas, que eu nunca fui favorável a elas, a não ser em uma emergência, a não ser naquele momento para você melhor preparar as suas unidades de saúde. Lamentavelmente isso continua valendo. Quem abre mão de um milímetro da sua liberdade em troca de sua segurança, está condenado a no futuro não ter segurança e não ter liberdade.

Segundo Bolsonaro, “o vírus não vai embora”:

— Não vamos aceitar a política do fique em casa, feche em tudo, lockdown. O vírus não vai embora. Esse vírus, como outros, vieram para ficar. E vão ficar, a vida toda. É praticamente impossível erradicá-lo. E até lá, vamos fazer o que? Ver o nosso país empobrecer?

O presidente também afirmou que não fará um “lockdown” em todo o país:

— Seria muito mais fácil a gente ficar quieto, se acomodar, não tocar nesse assunto. Ou atender, como alguns querem da minha parte, que eu posso fazer, um lockdown nacional. Não vai ter lockdown nacional.

O Globo 

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