PSOL prega unidade da esquerda em 2022

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Foto: Guito Moreto / Agência O Globo

Após o deputado federal Marcelo Freixo sinalizar a possibilidade de alianças além da esquerda para disputar o governo do Rio em 2020, o diretório estadual do PSOL, seu partido, publicou uma resolução com críticas ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), e ao ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) – dois nomes citados por Freixo como eventuais participantes desta aliança. No documento, produzido pela Executiva do partido após uma reunião na noite de terça-feira, o PSOL fluminense defendeu a unidade dentro da “oposição de esquerda” ao presidente Jair Bolsonaro e ao governador em exercício Cláudio Castro (PSC), numa linha semelhante à adotada pela cúpula nacional em março.

Na segunda-feira, Freixo havia dito em entrevista ao GLOBO que tenta articular o que chamou de “frente ampla para derrotar o bolsonarismo”, o que envolveria tanto partidos da centro-esquerda, como PT, PDT e PSB, até integrantes do centro político que venham se colocando como oposição a Bolsonaro. Segundo Freixo, esta seria uma condição necessária tanto para sua candidatura ao governo quanto para que a oposição saísse vitoriosa em 2022.

A reunião do PSOL havia sido convocada no último dia 25, antes das declarações de Freixo. A resolução da Executiva estadual do partido, da qual Freixo não é integrante, afirma que “só um programa de caráter popular e de ruptura com a agenda neoliberal” é capaz de enfrentar os impactos da pandemia da Covid-19. Sem se referir diretamente à aliança proposta pelo deputado, o diretório criticou nominalmente Paes e outros prefeitos que estariam “forçando a reabertura de escolas” no momento mais crítico da pandemia – deputados estaduais e vereadores do PSOL e também do PT tentaram barrar na Justiça o retorno de aulas presenciais na capital carioca.

A nota também alfineta Maia por não ter dado prosseguimento a pedidos de impeachment contra Bolsonaro quando esteve na presidência da Câmara, comparando-o ao atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), que se elegeu com apoio bolsonarista.

“Além disso, na capital, Paes tenta emplacar mais uma Reforma da Previdência que aumenta a taxação sobre os servidores municipais, achatando ainda mais seus salários. A reversão da situação de colapso de nosso estado só se dará com ações em diversos níveis e que partam da garantia de direitos para a população. (…) O PSOL seguirá também, através de sua militância e lideranças, na luta pelo impeachment, engavetado tanto por Maia quanto por Lira”, diz a resolução.

Em outro trecho, o diretório do PSOL diz rejeitar no momento a discussão sobre alianças eleitorais específicas:

“Acreditamos que nenhum debate eleitoral pode ser antecipado senão em bases programáticas sólidas e unidade prática no enfrentamento da crise presente e dos ataques promovidos pela velha direita liberal e o projeto bolsonarista. O PSOL iniciará diálogos com o objetivo de estabelecer uma mesa de construção de unidade entre os partidos que se encontram hoje na oposição de esquerda aos governos Bolsonaro e Cláudio Castro de modo a construir uma ação unificada hoje para o enfrentamento da crise e debater pontos programáticos comuns”, completa a nota.

Internamente, parlamentares e dirigentes avaliam que Freixo não tem maioria no partido para sustentar uma aliança com siglas de centro ou centro-direita, o que seria um passo inédito para o PSOL. Conforme revelou a colunista do “Extra”, Berenice Seara, a postura pode acabar isolando o próprio PSOL em relação a outros partidos de esquerda, que se mostram abertos a uma composição com o centro no Rio.

Por conta do impasse, lideranças desses partidos já sondaram Freixo sobre uma eventual filiação – embora o deputado tenha priorizado debater internamente a possibilidade de alianças no PSOL, numa tentativa de desconstruir resistências do partido.

Reservadamente, um dirigente nacional de um partido de esquerda disse ao GLOBO que considera difícil que o PSOL abra seu leque de alianças. De forma irônica, este dirigente afirma que para isto seria necessário ao PSOL “deixar de ser o PT de 40 anos atrás”, numa referência à rigidez de posicionamentos exibida pela sigla do ex-presidente Lula nos anos seguintes à redemocratização.

Dentro do PSOL, por outro lado, integrantes avaliam que justamente adotar uma flexibilidade de alianças poderia “confundir o partido com o PT”, do qual o PSOL nasceu como dissidência, em 2004, após um racha envolvendo a votação da reforma da Previdência e em meio ao escândalo do mensalão.

O Globo 

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