Na escola, Henry demonstrou saber que sofreria violência

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Foto: Reprodução

Às 11h30 do dia 9 de fevereiro, Monique Medeiros da Costa e Silva contou a psicóloga que fazia o acompanhamento terapêutico de Henry Borel Medeiros, de 4 anos, ter tido que buscar o filho no Colégio Marista São José, na Barra da Tijuca, onde ele estava matriculado havia uma semana, porque ele “chorou tanto”. A troca de mensagens foi recuperada no celular da professora pela Polícia Civil do Rio, consta no inquérito que apura a morte do menino e foi obtida com exclusividade por ÉPOCA.

Na conversa, Monique relatou à profissional que combinou com Henry que ele só iria para a casa dos avós maternos, em Bangu, quando o menino “fosse para a escola”, “obedecesse” e “parasse de chorar”. Em depoimento prestado na 16ª DP (Barra da Tijuca), a psicóloga disse que foi procurada pela professora, no início de fevereiro, justamente porque seu filho “não queria ficar” no apartamento que os dois dividiam com o namorado dela, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), no condomínio Majestic, no Cidade Jardim.

Depois da mensagem, a profissional elogiou a postura da mãe: “Muito bom esse seu posicionamento”, respondeu. Monique ainda enviou seis fotos de desenhos feitos por Henry durante as aulas da pré-escola. Em uma das imagens, o menino rabiscou o que seriam suas casas, tendo a professora indicado ao lado das duas figuras: “casinha do Henry e da mamãe” e “casinha de Bangu”. Em outra folha, onde a atividade era traçar a família, o menino fez alusão a ele e a mãe.

Na delegacia, a psicóloga contou ter realizado cinco consultas com a criança, que demonstrava afeto pelos avós maternos e que pronunciou o nome de Jairinho somente no último encontro. Ela afirmou que, a partir da segunda sessão, passou a explorar o “espaço lúdico da criança”, brincando, desenhando e fazendo trabalho com massinhas.

A profissional disse ter identificado que o espaço da casa dos avós maternos, onde Henry já morou e frequentava, era agradável, sobretudo pela presença do avô. Ela chegou a mencionar que Monique reclamara que o menino não queria ir ao Marista São José, onde frequentou 20 dias de aula. A mulher disse ainda que Henry contou morar “um tio” em sua casa. Perguntado quem era, o menino respondeu: “Tio Jairinho”, sem deixar transparecer medo do padrasto. Logo em seguida, ele disse estar com saudades do pai.

Três dias depois da troca de mensagens com a psicóloga, Monique foi alertada, também por WhatsApp, sobre as agressões sofridas pelo filho. A babá do menino, Thayna de Oliveira Ferreira, narrou, a partir de 18h de 12 de fevereiro, que Jairinho havia se trancado no quarto com Henry e logo depois o menino relatou “chutes” e “bandas” dados pelo padrasto. No dia seguinte, o casal procurou um Hospital Real D’Or e relatou na unidade que o menino estava com dores, pois tinha “caído da cama” – o mesmo argumento usado por eles ao dar entrada no Barra D’Or com o menino já morto. Os dois, investigados por homicídio duplamente qualificado, estão presos temporariamente.

Época

 

 

 

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