PMs se acalmam após furarem fila da vacina

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Foto: Reprodução/ Valor Econômico

Presidente do Consórcio Nordeste, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), disse ao Valor que a decisão do Ministério da Saúde de antecipar a vacinação de policiais e agentes de segurança alivia as tensões relacionadas à possibilidade de motins de policiais em diversos Estados.

Governadores vêm captando a insatisfação policial em várias frentes, como a defasagem de salário em relação às Forças Armadas e a inclusão do setor na PEC Emergencial, que os deixou sob ameaça de congelamento de salários e estagnação em suas carreiras.

O fato de estarem atrás na fila dos grupos prioritários de vacinação contra o coronavírus vem piorando esse quadro. A tensão aumentou após a morte, na Bahia, de um policial que, em aparente surto psicótico, disparou contra colegas e foi morto por eles em Salvador.

“A tensão existe. Nós vivemos uma cobrança muito forte, com alguns líderes bastante agressivos”, disse o governador. “Essa medida tira um foco de tensão.”

Segundo Dias, os governadores vêm tentando explicar aos policiais que defendem que a imunização da categoria seja antecipada. Mas isso tem que ser feito no âmbito do Plano Nacional de Imunização (PNI). Ou seja, depende de um pacto com o governo federal.

Ontem, o Ministério da Saúde anunciou que vai antecipar a vacinação de agentes de segurança que atuam diretamente no combate à pandemia, como os que participam de operações para fiscalizar medidas de distanciamento social. A medida foi adotada após pressão dos governadores.

“O agente da vigilância é vacinado pelo nível de risco e o policial, não? Era preciso corrigir situações como essa”, afirmou Dias. “Policiais com comorbidade fora de atividade fazem falta. Vacinados, ampliam a segurança.”

Apesar disso, os governadores terão dificuldades pela frente caso governo e Congresso cheguem a um acordo para decretar um novo estado de calamidade pública, em meio a discussões sobre impasse para o Orçamento deste ano.

A PEC Emergencial afetou todos os servidores públicos, proibindo progressão na carreira e aumentos salariais, enquanto durar o estado de calamidade pública ou quando o governo estiver com mais de 95% das receitas comprometidas com gastos obrigatórios.

Outro pedido dos governadores, ainda não atendido, é a antecipação da vacinação dos professores. Segundo Wellington Dias, somente essa medida permitirá a volta com segurança das aulas presenciais, uma demanda do presidente da República.

“Já tivemos muito prejuízo com a falta de aulas presenciais, especialmente para as crianças”, disse. “O risco é maior para professores e, então, a saída segura para todos é vacinação. Mas queremos uma regra nacional.”

Outra demanda dos governadores é participar do comitê nacional criado pelo governo e o Congresso para enfrentar a pandemia. Por conta das divergências com Bolsonaro em torno de medidas de isolamento social, ficou decidido que os Estados serão “representados” pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

“Nós temos uma pandemia nacional. A ação de coordenação é dos Estados. E toda parte é integrada com os municípios”, disse. “Não há razão para deixar de fora esses dois entes.”

Valor Econômico

 

 

 

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