Apoio de FHC a Lula revela naufrágio da “terceira via”

Todos os posts, Últimas notícias

O encontro de Fernando Henrique Cardoso com Luiz Inácio Lula da Silva foi visto por políticos experientes como uma demonstração de fragilidade do PSDB e de falta de planos do partido para a eleição de 2022.

Na opinião dessas pessoas, o ex-presidente tucano não toparia uma foto inédita com Lula nessa altura do campeonato se houvesse um projeto consolidado de um nome forte para concorrer à presidência da República.

A avaliação é que a atitude jogou fora os esforços que vinham sendo feitos para uma candidatura própria.

Ainda que entre um e outro elogio, por ser chamado de gesto de civilidade e democracia, a avaliação é que o encontro com o petista é mal visto por eleitores que buscam algo fora da polarização e, por isso, não faria sentido caso o partido estivesse forte.

Por ora, o PSDB tem publicamente João Doria (SP), Eduardo Leite (RS) e Tasso Jereissati (CE) como possíveis nomes para entrar na briga contra Jair Bolsonaro e Lula no ano que vem.

Aliado do governador de São Paulo, Marco Vinholi, presidente da sigla no estado, diverge da avaliação de fragilidade tucana. “O horizonte do PSDB é cada vez mais oposto dos extremos, tanto de Lula como Bolsonaro. Esse deve ser o compromisso do partido com a sociedade através da candidatura própria.”

Folha de SP