CPI da covid analisará convocação de prefeitos e governadores

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Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo/19-05-2021

A CPI da Covid irá analisar, na próxima quarta-feira, a convocação de governadores, prefeitos e ex-prefeitos de capitais onde ocorreram operações da Polícia Federal (PF) para investigar possível utilização irregular de recursos destinados ao combate à pandemia.

O anúncio foi feito após uma reunião do comando da CPI, que tem acontecido toda segunda-feira na casa do presidente da comissão, Omar Aziz (MDB-AM). De acordo com Aziz, serão votados os requerimentos de convocação de ao menos nove governadores e 12 prefeitos ou ex-prefeitos.

“Terminamos reunião agora e vamos votar, na quarta, requerimentos para a convocação de pelo menos 9 governadores e 12 prefeitos e ex-prefeitos – Estados e capitais onde a PF investiga suspeitas de desvio de recursos de combate a COVID”, escreviu o presidente da comissão em sua conta no Twitter.

A expectativa entre integrantes da CPI é que os requerimentos sejam aprovados, mas que os depoimentos não sejam marcados imediatamente. A ideia é rebater críticas da ala governista da comissão de que o colegiado só tem focado no governo federal e que parte dos senadores quer proteger governadores e prefeitos.

— Definimos uma linha de corte, apresentando a convocação de todos os governadores e prefeitos de unidades que tiveram operações da PF — afirma o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), um dos suplentes da comissão.

De acordo com Vieira, primeiro a CPI terminará de explorar possíveis irregularidades na compra de vacinas e no incentivo ao chamado “tratamento precoce”, para depois realizar os depoimentos ligados a estados e municípios.

Na terça-feira, a comissão vai ouvir a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro. Mayra foi apelidade de “Capitã Cloroquina” por ser uma das principais defensoras dentro do governo federal da utilização do medicamento, que não tem eficácia comprovada contra a Covid-19.

Na quinta-feira, prestará depoimento o diretor do instituto Butantan, Dimas Covas. O depoimento do ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco, que estava previsto para quinta, deverá ocorrer somente em junho, assim como o do secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo.

O Globo