CPI pode pedir acareação de Pazuello e Capitã Cloroquina

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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Mayra Pinheiro, conhecida informalmente como “Capitã Cloroquina”, diz que o governo não “indicou” o uso de cloroquina. Que a responsabilidade da prescrição é do médico, com a anuência do paciente. OK.

Mayra explica que o governo apenas “orientou” médicos a respeitar a “dosagem segura”, e declinou qual seria, ao usar cloroquina e outras drogas (todas sem eficácia comprovada) fora da bula. O problema é que, obviamente, isso é uma prescrição tácita.

Problema maior é que o sistema TrateCov, criado pelo Ministério da Saúde e disponível (até ser denunciado pela imprensa) a qualquer um no site do ministério, recomendava o kit Covid. O que era prescrição expressa.

Pazuello disse em sua oitiva que o TrateCov era um piloto, que nunca havia entrado em operação — mentira descarada — e foi tirado do ar porque um hacker o adulterou.

Mayra contradisse o general e afirmou que o TrateCov estava, sim, em operação, e não havia nada de errado com ele: foi tirado do ar apenas para investigar a ação do hacker. É uma tese difícil de acreditar, já que a investigação apurou que o sistema não foi adulterado (houve apenas uma “extração indevida de dados”), mas, mesmo assim, ele não foi posto de volta no ar. Ao contrário de seu antigo chefe, Mayra parece não se dar conta de que o TrateCov fazia prescrição de medicamento (e fora da bula!) sem atendimento, o que é gravíssimo.

É apenas um entre vários motivos para haver acareação entre o general e a “capitã”.

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