Perguntas dos senadores são maiores que respostas dos depoentes

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Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Os participantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 falaram por quase um dia inteiro durante a primeira semana de depoimentos, em três sessões no Senado. Foram exatamente 21 horas e 29 minutos, nos dias 4, 5 e 6 de maio.

Desse total, o microfone ficou com os senadores por 13 horas e 15 minutos. Já os depoentes concederam explicações por 8 horas e 14 minutos. Ou seja, os parlamentares falaram 61% a mais que os convidados.

O cálculo não leva em conta a ida do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, nesta terça-feira (11/5).

Entre os convocados a depor, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MT) ficou com o recorde de fala. Ele precisou de 3 horas e 14 minutos para responder às perguntas. Dos parlamentares, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), foi o que mais utilizou a palavra: 1 hora e 26 minutos ao longo da primeira semana de trabalhos.

Os membros governistas da CPI da Pandemia se manifestaram menos do que o grupo de senadores independentes ou que se opõem ao Palácio do Planalto.

Em tempo total, a defesa do governo federal durou 2 horas e 26 minutos, enquanto ataques se estenderam por 4 horas e 2 minutos.

Isso é consequência da maior quantidade de opositores ou independentes – eles são nove, contra cinco alinhados ao Executivo – entre os membros e suplentes da CPI.

Independentes e opositores também contaram com um tempo médio maior de uso do microfone durante as sessões da comissão.

A tropa de choque do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou por 29 minutos e 17 segundos, em média, durante a primeira semana de atuação da comissão. Enquanto isso, o grupo composto por opositores e independentes fez declarações por 38 minutos e 11 segundos, em média.

Eles só ficam atrás, entretanto, porque os cargos de comando da CPI estão nas mãos de parlamentares que não se alinham ao Executivo: o presidente do colegiado, Omar Aziz; o relator, Renan Calheiro (MDB-AL); e o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Sem eles, a média do grupo de opositores e independentes cai para 26 minutos e 55 segundos – ou seja, menos que os governistas.

Os cinco senadores que defendem o presidente Bolsonaro precisaram atuar mais quando o depoente era um opositor, como o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MT). Eles usaram 31% do tempo na primeira reunião da comissão da semana passada, realizada no dia 4 de maio.

Esse percentual caiu para 28% durante o depoimento do ex-ministro Nelson Teich, e para 13% na oitiva do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Entre os governistas, os senadores Marcos Rogério (DEM-RO) e Eduardo Girão (Podemos-CE) são os mais ativos, com totais de 47 minutos e 50 segundos, e 43 minutos e 24 segundos, respectivamente.

Rogério e Girão estão entre os parlamentares que tiveram o microfone por mais tempo nas mãos durante a CPI, ficando atrás apenas dos três com cargo de comando, e do suplente Luis Carlos Heinze (PP-RS), identificado como independente, que falou por 47 minutos e 58 segundos.

Metrópoles  

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