Agora no PSB, Freixo se une a Molon em pré-campanha
Logo após ter deixado o PSOL para entrar no PSB, o deputado Marcelo Freixo (RJ) se juntará ao novo colega de partido Alessandro Molon (RJ) para começar em breve um périplo pelo Rio de Janeiro em uma espécie de pré-campanha ao governo estadual e ao Senado, respectivamente.
“Estou defendendo uma ética do diálogo contra o medo, o ódio. Então tem que conversar com prefeitos, vereadores, sociedade civil, professores, policiais, moradores de periferia”, diz o novo pessebista, que diz não se tratar necessariamente de uma pré-campanha, mas da construção de interlocução com diferentes setores da sociedade no Rio de Janeiro.
No PSB, a iniciativa é vista como uma maneira de dar forma às duas candidaturas desde já e pressionar outros partidos a aderirem à aliança de oposição a Jair Bolsonaro.
O ex-presidente Lula (PT), por exemplo, ainda não deu sinal de sua preferência, e mantém conversas também com Eduardo Paes (PSD). A ideia é que Freixo e Molon percorram todas as regiões do estado até o final de 2021.
Ameaçado de morte desde que presidiu a CPI das Milícias na Assembleia do Rio, em 2008, Freixo diz que sabe onde pode e onde não pode entrar durante a campanha, e afirma não estar com mais medo diante do cenário atual. “Cria uma motivação maior para derrotar o Bolsonaro. Ele se alimenta do medo. As milícias tiram poder e dinheiro do medo”, diz.
A candidatura de Molon ao Senado ainda é vista no PSB como eventualmente negociável, se for para viabilizar uma frente contra Bolsonaro. Freixo elogiou o colega e disse que, se isso tiver que ocorrer, será uma atitude muito republicana do deputado.
Folha de SP