Empresário bolsonarista radicado nos EUA está foragido

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Foto: Reprodução/VEJA

Aprovada há 19 dias, a convocação de Carlos Wizard para depor na CPI da Pandemia está marcada para esta quinta-feira, mas o empresário não respondeu até o momento às várias tentativas de notificação por parte dos técnicos do Senado.

Diante do sumiço de Wizard, suspeito de integrar o tal “ministério paralelo da Saúde” de Jair Bolsonaro, o presidente da comissão, Omar Aziz, decidiu convocar para o mesmo dia o servidor do TCU que inventou um relatório sobre mortes na pandemia, usado por Bolsonaro para espalhar fake news.

Se o empresário não comparecer, os senadores deverão requisitar a condução coercitiva do depoente — o que deve levar o caso à Justiça.

O auditor federal de Controle Externo Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques foi afastado do cargo por 60 dias, na semana passada, por decisão do presidente do Tribunal de Contas da União, a ministra Ana Arraes. O objetivo é que ele não interfira na apuração da irregularidade.

Também na semana passada, a CPI aprovou a quebra de sigilo telefônico e telemático do servidor. Ele foi o autor do documento citado por Bolsonaro para dizer que o TCU questiona “supernotificação” na quantidade de óbitos por Covid-19 em 2020 — o que o tribunal nega.

Sobre Wizard, os técnicos da CPI entendem que, apesar de ele não ter respondido, ele já está ciente da convocação, aprovada no dia 26 de maio. Isso porque o empresário recebeu mensagens por WhatsApp, e-mail e em um endereço dele em Campinas (SP), identificado pela Polícia Legislativa do Senado.

Além disso, um advogado que disse representá-lo entrou em contato com a comissão para informar que ele está morando nos Estados Unidos, mas afirmou que não poderia receber a intimação em nome do cliente.

Se, por acaso, Wizard aparecer na data marcada, Aziz já comentou com colegas no Senado que está preparado para manter os trabalhos da comissão até a madrugada seguinte, se for preciso, com os dois depoimentos.

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