General-presidente do STM diz que brasileiro não sabe votar

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Foto: Alan Marques/Folhapress

O general-presidente, mas não da República — esse tempo já foi, espera-se –, do STM, em entrevista à imprensa, dá a mesma desculpa que os militares deram para nos impedir de votar durante 21 anos: não sabemos votar. Confira na reportagem a seguir

Em entrevista à revista Veja, o general Luis Carlos Gomes Mattos, 73, presidente do STM (Superior Tribunal Militar), defende o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e, quando questionado sobre a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto, afirma que o brasileiro precisa saber votar.

“Vivemos em um Brasil que tem a sua democracia consolidada, onde os Poderes e as instituições vêm cumprindo o seu papel. Exerceremos o direito democrático do voto e, certamente, prevalecerá a vontade da população brasileira. O povo brasileiro tem de saber votar.”

Mais à frente na entrevista, quando questionado sobre a candidatura ao Planalto do ex-presidente petista, o general afirma: “Repito: o brasileiro precisa saber votar”.

Na entrevista à revista, o general saiu em defesa do colega de farda e também general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro e um dos principais alvos da CPI da Covid no Senado.

“Pazuello foi muito preciso e objetivo nas respostas [à CPI]. Não sei se eu seria. Na minha opinião, ele não vai ser acusado de nada. E, se acontecer, isso não vai abalar as Forças Armadas. Eu conheço o general Pazuello. Não tenho dúvidas da competência e honestidade dele. Quebraram o seu sigilo. A família do Pazuello é rica. Ele não está no Exército por necessidade, está por gosto.”

O general Mattos também fez elogios a Bolsonaro e disse que não existe ameaça de ruptura institucional.

“O presidente Bolsonaro é um democrata, fala com o palavreado do povo, mas nada disso com a intenção de quebrar as estruturas, destruir as instituições, dar um golpe.”

E continua: “Houve alguma acusação de corrupção contra o presidente Bolsonaro? Ele se elegeu para combater a corrupção. E de todas as maneiras estão tentando atribuir alguma coisa a ele e não conseguiram até agora”.

Folha