Imprensa internacional destaca protestos contra Bolsonaro
Foto: Reprodução/ Folha
Nas páginas iniciais do South China Morning Post ao alemão Süddeustche Zeitung, o marco de 500 mil mortos pelo coronavírus no Brasil se espalhou pelo noticiário internacional, misturado às manifestações de “dezenas de milhares” do sábado.
Na chamada do Times londrino, “Protestos no Brasil no momento em que número de mortos passa de meio milhão”. No Guardian, “Novos protestos contra condução de Bolsonaro na pandemia”. Frankfurter Allgemeine, Le Figaro e outros europeus foram pela mesma linha.
Nos EUA, o enunciado da CNN foi “Bolsonaro é ameaça pior que o coronavírus, dizem brasileiros no momento em que o país passa de 500 mil mortes”. Na Associated Press, por Washington Post e outros, “Brasil ainda debate hidroxicloroquina em meio a 500 mil mortes”.
Já o New York Times adiantou-se ao marco numérico na manhã de sábado, com a reportagem “Sitiado pela Covid, Brasil agora enfrenta forte seca”. O Financial Times fez o mesmo.
No texto do NYT, “Conforme se aproxima de 500 mil mortes, seca põe em risco a capacidade do país de impulsionar sua economia sitiada e prepara o terreno para outra temporada de incêndios na Amazônia”.
Domingo à tarde, em live-blogging sobre a pandemia, o jornal confirmou que o Brasil havia passado a marca e agora está “atrás só de EUA e Índia” em mortes. Evitou destacar e dar foto dos protestos.
Por outro lado, a manchete do Guancha, de Xangai (acima), festejou o “rompimento” do limiar de um bilhão de inoculações no país. Nos jornais com versão em inglês, o Global Times, de Pequim, optou pelo enunciado “China ultrapassa marca de um bilhão; próxima etapa é garantir efeito ideal de imunidade”.
No South China Morning Post, de Hong Kong, “Impulso de vacinação alcança um bilhão”. Logo abaixo, “Marco vem após aumento significativo no número de doses nas últimas semanas, com o país respondendo por mais de um terço do total global”.
Nos EUA, a CNN descreveu o resultado como “assombroso” (astonishing) e “impressionante” (staggering), que veio “à medida que o país lança uma campanha de vacinação incomparável” (unrivaled).
Já o NYT adiantou na home que o “Caminho da China para um bilhão de doses inclui ovos, garrafas d’água, caronas e nova preocupação” —com a variante Delta, identificada na Índia e que chegou a Guangzhou, mas “agora parece estar baixando”, sem casos novos.
Delta que, como destacou o Wall Street Journal, “está prestes a ser dominante nos EUA”.