Indústria rejeita racionamento de energia pelo governo Bolsonaro

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Foto: Cris Faga/NurPhoto/Getty Images

A pandemia bagunçou os estoques das cadeias mundiais, o que levou a indústria, de ponta a ponta, a intensificar sua produção para atender a demanda reprimida desde o último trimestre do ano passado. Agora, a indústria continua a todo vapor em torno da retomada da economia mundial e com as projeções de que o PIB do Brasil cresça cerca de 5%. Para produzir a todo vapor, é preciso energia e a indústria responde por cerca de 35% de todo o consumo de energia elétrica do país. O Radar Econômico conversou com diversos industriais, de diversas áreas, e em sua maioria conhecidos pelo alto consumo de energia. Entre todos eles o sentimento é o de que não dá para parar. O Ministério de Minas e Energia já estuda em como fazer um racionamento, dado o nível altamente crítico dos reservatórios por conta da falta de chuvas. Mas, por outro lado, se a indústria reduzir produção, quem vai apanhar é o PIB. O presidente da Associação da Indústria de Vidro (Abividro), Lucien Belmonte, resume a situação: “Reduzir não dá. O que vai se fazer é gambiarra”.

Um outro industrial ainda lembrou que, neste momento, não existe qualquer sinal de preço para que a indústria reduza consumo espontaneamente. O PLD, uma espécie de preço do mercado à vista de energia, está em torno de 275 reais. “Com o atual nível de reservatórios teria que estar em 2 mil reais”, diz um dos industriais. Quando o preço da energia no mercado livre é muito alto, passa a ser mais vantagem para algumas indústrias parar produção e vender energia.

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