Lira ataca CPI da Covid e defende Bolsonaro

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Foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), lamentou as mais de 500 mil mortes pela covid no Brasil, mas defendeu o governo ao afirmar que não houve atraso na compra de vacinas da Pfizer.

Segundo ele, mesmo que a aquisição tivesse ocorrido antes, o governo não teria “resolvido o problema da pandemia”. Em entrevista ao jornal O “Globo”, Lira disse ainda ter participado das conversas com a Pfizer.

“Do dia em que a Pfizer propôs ao dia em que o governo fez (o contrato), se não errei as contas, alteraria em três milhões de doses (a mais). É muita dose. Ajudaria muita gente. Mas resolveria o problema da pandemia?”

O parlamentar criticou os trabalhos da CPI da Covid ao avaliar que, neste momento, ela é um erro, já que a pandemia está em andamento.

“A guerra está no meio. Como é que você vai apurar crime de guerra no meio da guerra? Como vai dizer qual é o certo?”, questionou ao acrescentar que “no combate à pandemia, não tem receita de bolo pronta”. “A CPI polarizou politicamente e não vai trazer efeito algum, a não ser que pegue alguma coisa.”

Além disso, argumentou que a pandemia por si só não é motivo para instarar um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, já que falta uma circunstância política. “O impeachment é feito com circunstâncias, com uma política fiscal desorganizada, uma política econômica troncha. O impeachment é político.”

Na entrevista, ele ainda reafirmou que a reforma administrativa, a ser votada ainda este ano, não vai afetar a vida dos atuais servidores.

Sobre as eleições presidenciais de 2022, ele disse não acreditar em terceira via, o que significa que a disputa estará polarizada entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Valor Econômico