Militares temem que protestos pressionem Congresso a votar impeachment
Foto: Alan Santos
Um dia antes de assinar uma nota crítica ao senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid, os comandantes das Forças Armadas participaram de uma reunião no Planalto com o presidente Jair Bolsonaro. Sem alarde, o encontro foi palco para definir o alinhamento político dos militares com o governo.
A pauta estava justificada como um balanço dos 30 meses de governo. Mas foi bem além e tratou de protestos pelo país que miraram Bolsonaro, no fim de semana, e os riscos de o número de manifestantes nas ruas aumentar e pressionar o Congresso.
Além de ministros como Braga Netto, da Defesa; André Mendonça, advogado-geral da União; e Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, estavam à mesa os comandantes do Exército, general Paulo Sérgio; da Marinha, Almir Santos; e da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, além de integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Imagens reproduzidas na reunião criticaram os protestos e ressaltaram a presença de símbolos comunistas nos atos. O texto descrito pelo narrador fazia referência a uma suposta tentativa de instalar o comunismo no país, remetendo a alegações usadas para instaurar o golpe militar de 1964.
Um dos vídeos é de um militante bolsonarista que se infiltrou nas manifestações na Avenida Paulista. Dizendo-se ex-militante da União da Juventude Socialista (UJS), o homem filmou os protestos e bandeiras de partidos e acusou os participantes de vestirem verde e amarelo e portarem a bandeira do Brasil para descaracterizar símbolos usados em atos pró-Bolsonaro.
Em uma das fotos publicadas pelo Planalto em sua conta no Flickr, aplicativo de fotos, é possível ver um dos trechos do vídeo sendo reproduzido. De acordo com fontes no governo, a reunião ministerial foi precedida de encontros menores e conversas particulares com Bolsonaro.
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