Precisa diz que laboratório indiano rompeu contrato por “caos político”

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Foto: Debarchan Chatterjee/NurPhoto via Getty Images

A Precisa Medicamentos, empresa que representava o laboratório indiano Bharat Biotech no Brasil, afirmou que o fim do acordo entre as duas organizações é consequência de um “caos político”. O encerramento do contrato foi divulgado nesta sexta-feira (23/7), em comunicado publicado pela Bharat Biotech, fabricante da vacina Covaxin contra a Covid-19.

A Precisa é um dos alvos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado Federal. Suspeitas de irregularidades no contrato do Ministério da Saúde com a farmacêutica levaram a pasta a suspender o acordo para a aquisição do imunizante. A negociação para compra das vacinas era de R$ 1,6 bilhão e previa entrega de 20 milhões de doses ao Brasil.

A Bharat não informou o motivo do encerramento do memorando, mas disse que continuará trabalhando com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para “completar a aprovação do processo regulatório da Covaxin”.

Em nota, a Precisa Medicamentos afirma que “lamenta o cancelamento do memorando”. A empresa avalia a decisão como “precipitada”, e diz que a medida prejudica o esforço do Brasil para vencer a Covid-19. A Precisa também citou o “caos político” como uma das razões para o fim do acordo.

“[O cancelamento] é consequência direta do caos político que se tornou o debate sobre a pandemia, que deveria ter como foco a saúde pública, e não interesses políticos”, assinalou. O laboratório também defende que “jamais praticou qualquer irregularidade”, e citou a aprovação da Anvisa para a condução de testes da vacina no Brasil como uma das provas de sua integridade.

“A Precisa jamais praticou qualquer ilegalidade e reitera seu compromisso com a integridade nos processos de venda, aprovação e importação da vacina Covaxin, tanto que, nesta quinta-feira (22), obteve mais um passo relevante, com a aprovação, pela Anvisa, da fase três de testes no Brasil, a ser feita em parceria pelo Instituto Israelita Albert Einstein. Todos os trâmites foram conduzidos pela Precisa Medicamentos, que cumpriu os pré-requisitos impostos pela agência e apresentou todas as informações necessárias”, consta na nota oficial.

A empresa salientou que o fim do acordo é resultado de uma “confusão causada pelo momento político do país”. De acordo com o laboratório, a vacina Covaxin tem eficácia comprovada de 65,2% contra a variante Delta, que se espalha pelo Brasil. “A empresa continuará exercendo sua atividade no ramo fármaco empresarial, nos mais legítimos termos que sempre se pautou, com ética e valores sólidos, nesses mais de 20 anos de atuação”, assinalou.

Entre as suspeitas de irregularidades no contrato com a Precisa Medicamentos, investigadas pela CPI, estão tentativa de recebimento adiantado, alto valor das doses e “pressão atípica” de membros do governo. As denúncias sobre o acordo foram levantadas, inicialmente, pelo servidor Luís Ricardo Fernandes Miranda, do Ministério da Saúde.

Ao Ministério Público Federal (MPF), o funcionário afirmou ter sofrido pressão de superiores para acelerar a importação da Covaxin. Ele teria relatado as irregularidades ao irmão, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), que alega ter procurado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para denunciar os problemas.

Ambos foram ouvidos pela CPI da Covid no Senado. Outra personagem na mira da CPI é a diretora da Precisa, Emanuela Medrades. Ela prestou depoimento aos senadores no início do julho. Para dar continuidade às investigações, os parlamentares esperam ouvir o empresário Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos. O depoimento está previsto para a primeira semana de agosto.

Metrópoles  

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