Viúva de miliciano bolsonarista é suspeita de mentir sobre caso Marielle

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Foto: Reprodução

Nas doze páginas do dossiê que entregaram há mais de dez dias ao procurador-geral de Justiça do Rio, Luciano Mattos, as promotoras do caso Marielle listaram contradições encontradas ao longo do processo que levou à delação premiada de Júlia Lotufo, viúva do ex-capitão do Bope e miliciano Adriano da Nóbrega.

No documento, Simone Sibílio e Leticia Emile, que optaram por deixar a investigação, destacam que, para começo de conversa, Júlia procurou o Ministério Público afirmando que gostaria de compartilhar revelações sobre o esquema de “rachadinha” em gabinetes da Alerj, não sobre Marielle.

Adriano, como se sabe, emplacou a mãe, Raimunda, e a ex-mulher, Danielle, na antiga equipe de Flávio Bolsonaro, investigada por desviar dinheiro público.

Além disso, consta no documento que Júlia apresentou duas versões diferentes ao tentar revelar ao MP quem seria o mandante do assassinato de Marielle. Isso teria ocorrido em conversas que antecederam a delação ainda não homologada, cujo resultado não passou pelo crivo de Simone e Leticia.

Primeiro, de acordo com o dossiê, a viúva de Adriano disse que Marielle teria sido vítima de um “consórcio de matadores” patrocinado pelo ex-vereador do Rio Cristiano Girão, pelo vereador Marcelo Siciliano e pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão.

Depois, confrontada com o fato de que Siciliano e Brazão são rompidos, Júlia sustentou, ainda segundo o dossiê, que Girão seria o mandante do crime, movido pela contrariedade com a atuação de Marielle nas favelas da Gardênia Azul e Cidade de Deus. Ele nega.

Nos bastidores, há o temor de que o acordo com Júlia repita o episódio em que o miliciano Orlando da Curicica foi apontado como autor do crime por uma testemunha-chave, em 2018, numa hipótese que nunca se confirmou e levantou suspeitas sobre uma tentativa de desviar propositalmente o foco das investigações.

O Globo

 

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