Bolsonaro acusa Fux de se informar pela imprensa

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Foto: Sérgio Lima/Poder360

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 5ª feira (5.ago.2021) que é direito do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, cancelar a reunião com os chefes de Poderes. Afirmou, porém, que não critica o tribunal, mas, sim, especificamente os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

“Olha, prezado ministro Fux, o senhor se basear na imprensa brasileira, o senhor está desinformado. Há velho ditado que vale para o Brasil: se não lê jornal, não tem informação. Se lê, está desinformado”, disse Bolsonaro em live transmitida em suas páginas oficiais nas redes sociais.

Fux cancelou uma reunião entre os chefes dos Três Poderes depois de o presidente Jair Bolsonaro afirmar que “a hora” de Alexandre de Moraes “vai chegar” e voltar a colocar em dúvida a segurança do processo eleitoral. O anúncio foi feito durante a sessão plenária do Supremo realizada nesta 5ª feira (5.ago), horas antes da “live”.

“É um direito dele [Fux] fazer a nota. Ele havia me convidado para a reunião de chefes de Estado. Sem falar comigo, resolveu cancelar. Deixar bem claro, ministro Fux, na minha palavra aqui não tem nenhum ataque ao Supremo Tribunal Federal, zero”, disse.

E completou: “Se o senhor não tiver alguém para te informar do que eu falo aqui, eu lamento”.

Na transmissão ao vivo, o chefe do Executivo não poupou críticas a Moraes e Barroso, mas disse que não estava atacando os ministros.

“Não vou desqualificar o Ministro Barroso, mas a gente sabe que ele é antagônico à minha pessoa. As posições dele enquanto ministro, suas votações, é o direito de todo mundo que quiser criticar critique, se quiser elogiar elogie. Sabemos que ele deve favores ao PT”, disse.

Sobre Moraes, declarou: “Eu não ataco pessoalmente a honra de Alexandre de Moraes. Critico o inquérito dele. Ora, meu Deus do céu. Ele abre o inquérito, investiga e pune. Que negócio é esse? Qual é o respeito para com a democracia, a constituição?”

Bolsonaro pediu para os ministros do STF não darem “peruadas”, isso é, palpites nas ações do Executivo e do Legislativo. “Os senhores têm que entender que não são donos do mundo, não são donos da verdade. Não foram eleitos para decidir futuro do povo. Quem foi eleito: eu e o Congresso brasileiro. Vocês foram eleitos para interpretar constituição. É o lugar de vocês. Não podem continuar legislando, dando peruadas, interferindo, dizendo o que eu ou parlamento devemos fazer”.

Há semanas o ministro Luís Roberto Barroso e o presidente Jair Bolsonaro trocam declarações divergentes sobre a adoção do voto impresso.

O estopim do conflito entre os 2 aconteceu na última 5ª feira (29.jul), quando o chefe do Executivo fez uma live para defender a nova modalidade de voto.

A página do TSE no Twitter contestou na ocasião, em tempo real, as falas do presidente sobre supostas fraudes nas eleições.

O mandatário disse que usaria sua transmissão para apresentar o que chamou de “prova bomba” de irregularidades no processo eleitoral. Apresentou o que chamou de indícios e afirmou que não tinha provas.

Desde então, todos os dias Bolsonaro critica Barroso. Nesta 5ª feira (5.ago), também criticou de forma mais incisiva Alexandre de Moraes.

O presidente do Supremo, então, subiu o tom. Citou Bolsonaro. Disse que “quando se atinge um dos integrantes, se atinge a Corte por inteiro”, em referência aos ataques do presidente a Alexandre de Moraes e Roberto Barroso.

Cancelou a reunião entre os chefes de Poderes –adiada quando Bolsonaro havia sido internado.

Bolsonaro chamou Moraes de “ditatorial” e disse: “A hora dele vai chegar”. O ministro aceitou na 4ª feira (4.ago) pedido do TSE para incluir Bolsonaro no inquérito das fake news por declarações contra as eleições.

Poder 360

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