Bolsonaro volta a hostilizar Barroso

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Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acusou, nesta quinta-feira (12/8), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, de fazer política.

“Acho que o Judiciário, o objetivo, a missão, do Supremo Tribuna Federal – tem que existir o Supremo –, é tratar das questões constitucionais. Alguns poucos, como o Barroso, fazem política. E ninguém pode dizer que eu não estou falando a verdade, porque ele foi para dentro do Parlamento para decidir a questão do voto impresso”, disse, em entrevista à rádio Jovem Pan.

Ao falar sobre a demarcação de terras indígenas, Bolsonaro pontuou também que o STF não pode votar com o coração. Segundo o mandatário da República, é preciso usar a razão.

“Quanto mais terras se demarcam, mais se sufoca o agronegócio, que é a locomotiva da nossa economia”, assinalou.

Após criticar Barroso, o presidente afirmou ser difícil governar o país. Citou, como exemplo, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que apura ações e omissões do governo federal durante a pandemia do novo coronavírus.

“Senadores falando grosso. Por que não nos procuraram no passado? ‘Olha, está errado aqui, está [errado] lá, vamos corrigir aqui’. Não fizeram nada, ficaram tranquilos, home office, em casa. E de repente resolveram fazer uma CPI. Aí foram no Barroso”, disparou.

Para Bolsonaro, a CPI tem perturbado o país. “O tempo todo é uma perseguição por parte de alguns ministros que atrapalham a mim e ao Brasil.”

Os conflitos entre Bolsonaro e Barroso acontecem há alguns meses. Na segunda-feira (9/8), por exemplo, o presidente disse que Barroso “apavorou” parlamentares no sentido de se posicionarem contra o voto impresso.

E explicou a declaração. “Então, o Barroso apavorou. Ele foi para dentro do Parlamento fazer reuniões com lideranças praticamente exigindo que o Congresso não aprovasse o voto impresso”, disse o presidente em entrevista à rádio Brado, da Bahia.

Na última sexta-feira (6/8), Barroso indicou, no Twitter, um conto – “O Alienista”, de Machado de Assis -, um pensamento de Mário Quintana e uma música – “Fixação”, do Kid Abelha.

 

Na obra de Machado de Assis, o protagonista, Dr. Bacamarte, um “alienista”, como eram conhecidos os psiquiatras no século XIX, cria a Casa Verde, um local para estudos sobre a mente humana, em experimento que lhe custa a própria sanidade.

A frase do poeta, tradutor e jornalista gaúcho Mário Quintana, pinçada por Barroso, é: “Aquilo que falam de mim não me diz respeito”.

Já a canção “Fixação”, de autoria de Paula Toller, Leoni e Beni, traz os seguintes versos no refrão: “Fixação/Seus olhos no retrato/Fixação/Minha assombração”.

As “dicas” de Barroso foram publicadas em mais um dia de ataques do presidente contra o ministro. Bolsonaro xingou o magistrado enquanto cumprimentava apoiadores em Joinville (SC).

Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro cumprimentava um idoso quando ofendeu Barroso. Não fica claro, no entanto, se o presidente disse “trai gente” ou “traz gente”.

“O filho da puta ainda trai [ou traz] gente dessa maneira. Aquele filho da puta do Barroso”, disparou o chefe do Executivo federal.

Metrópoles

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