Fragilidade da denúncia fez Bolsonaro desistir de impeachment de Barroso

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Foto: Alan Santos / Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro indicou que, ao menos por enquanto, não deve protocolar o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Auxiliares e aliados que tentam contornar a crise, porém, não tratam a sinalização como uma desistência. Isso porque, nos últimos dias, o presidente, apesar dos apelos, tem mantido a tensão em alta temperatura e a postura de confronto.

Após apresentar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes na última sexta-feira, Bolsonaro prometeu representar contra Barroso com quem trava uma batalha, questionando, sem provas, a segurança das urnas eletrônicas.

Antes da decisão de o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), arquivar o pedido de impeachment de Bolsonaro contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, o presidente foi aconselhado a esperar antes de tomar outra atitude que ampliasse a crise. Auxiliares argumentaram que apenas o fato de protocolar o pedido de impedimento de Moraes já tinha reverberado o suficiente. Tanto no lado considerado positivo por ter agradado à militância quanto pelo lado negativo da repercussão política. Integrantes de Cortes superiores, parlamentares, ex-ministros da Defesa e da Justiça e partidos políticos repudiaram a atitude de Bolsonaro.

Segundo interlocutores do Planalto, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, lidera o grupo que tem pedido que o presidente dê “tempo ao tempo”. Além dele, o advogado-geral da União, Bruno Bianco, e o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, concordaram que era o momento de aguardar. Na semana passada, Braga Netto ligou para o ministro Barroso durante uma sessão do STF. O áudio vazou na transmissão ao vivo, indicando que as conversas se mantêm nos bastidores.

Ex-ministro do TSE e advogado de Bolsonaro, Admar Gonzaga foi um dos que intercederam em favor de Barroso, alegando se tratar de um magistrado “justo”.

Outros auxiliares citaram que os motivos alegados para o pedido de impeachment de Barroso não são claros. Argumentam que, enquanto Moraes é relator de inquéritos que vêm dando dor de cabeça ao Planalto, o embate com o presidente do TSE é uma narrativa sobre o voto impresso e a confiabilidade das urnas. Bolsonaro, porém, alega que Barroso interferiu em outro Poder ao se reunir com parlamentares para pedir que rejeitassem a proposta do voto impresso.

No STF, os ministros observam com cautela os movimentos do Planalto. Apesar das ameaças do presidente, os ministros acreditavam que a medida extrema não seria concretizada e foram surpreendidos pela ação de Bolsonaro contra Moraes. Na avaliação de interlocutores da Corte, a intenção é criar uma aura de suspeição contra os ministros.

O Globo

 

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